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China revela análise de substância estranha encontrada na Lua em 2019

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China revela análise de substância estranha encontrada na Lua em 2019
China revela análise de substância estranha encontrada na Lua em 2019

Em julho de 2019, a equipe da missão chinesa Chang'e 4 encontrou uma substância estranha na Lua. A descoberta foi anunciada em agosto do mesmo ano, chamando a atenção da comunidade científica, mas nada foi esclarecido. Agora, uma análise da substância foi finalmente publicada, dando um fim ao mistério.

A descoberta foi feita por um membro da equipe do Yutu 2, o rover enviado ao lado afastado da Lua na Chang’e 4. Considerando que a missão explora o hemisfério lunar que nunca vemos da Terra, a expectativa de encontrar algo interessante por lá era grande, já que as missões anteriores ocorreram no lado visível do nosso satélite natural.

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Essas características são sinais de possível presença de vidro, que poderia ter surgido graças ao derretimento de matéria causado por impacto de asteroides ou por erupções vulcânicas. Segundo o artigo, a rocha seria uma brecha - um conglomerado formado de fragmentos quebrados de rochas e unidos por alguma liga ou solda, que neste caso seria resultado dos impacto e pela aglutinação de regolitos. Essa mistura de mineral aquecido por meteoritos e pó lunar teria agido como uma espécie de cimento para formar a brecha.

Um relatório da Our Space, um periódico científico em língua chinesa, descreveu a substância na época usando o termo "胶状 物" ("jiao zhuang wu"), que pode ser traduzido como "semelhante a gel". No entanto, agora podemos afirmar que a substância é, na verdade, composta de rocha.

Em um novo artigo na Earth and Planetary Science Letters, uma equipe liderada pelo pesquisador Gou Sheng analisou dados do Yutu 2 e do Espectrômetro Visível e Infravermelho Próximo (VNIS) a bordo do rover para determinar a composição provável e a abundância do material. Eles descrevem a substância como uma rocha derretida por impacto, esverdeada e brilhante, com 52 × 16 cm.

Algumas brechas formadas por impacto foram trazidas pelas missões Apollo, da NASA, e o material encontrado pelo Yutu 2 são semelhantes com essas amostras, especialmente as de número 15466 e 70019 - esta última sendo feita de fragmentos escuros de minerais e vidro preto brilhante.

Embora o novo estudo aponte para essas semelhanças, os resultados ainda não são definitivos. O artigo observa que a análise é limitada pelo fato de que as medidas pelos instrumentos do Yutu 2 foram realizadas sob más condições de iluminação e outros fatores desfavoráveis.

Fonte: Space.com