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Céu de agosto | Chuva de meteoros Perseidas e asteroide gigante são os destaques

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti |  • 

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NASA/Preston Dyches
NASA/Preston Dyches

O mês de agosto reserva eventos astronômicos especiais para os observadores do céu. O pico da chuva de meteoros Perseidas, a visualização de um asteroide gigante e a chamada “Lua do Esturjão” estão entre os destaques mais aguardados.

Conhecida por, em seu pico, produzir até 100 meteoros por hora, a Perseidas é uma das chuvas de meteoros mais esperadas do ano. A previsão é de que o auge do fenômeno ocorra entre a noite de 12 de agosto e a manhã de 13 de agosto.

Neste ano, porém, os entusiastas da astronomia podem ter a visualização prejudicada. Isso porque a Lua estará em fase minguante, com 84% da iluminação total, o que pode ofuscar mais de três quartos dos meteoros visíveis a olho nu.

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As rochas espaciais que causam esse fenômeno são fragmentos do cometa 109P/Swift-Tuttle, cuja órbita passa próxima à constelação de Perseu — que dá o nome à chuva.

Brilho de asteroide gigante

Outro destaque de agosto é o pico de brilho do asteroide 2 Pallas — um dos maiores do Sistema Solar — na noite de 10 de agosto. Nessa data, ele estará em oposição ao Sol, o que significa que será possível vê-lo com mais facilidade a partir da Terra.

O 2 Pallas é o terceiro maior asteroide do Sistema Solar em volume e massa, com aproximadamente 510 quilômetros de diâmetro. Os dois maiores são Ceres (cerca de 939 km) e Vesta (aproximadamente 525 km).

Alinhamento planetário

Também no dia 10 de agosto, será possível observar um raro alinhamento planetário. Nas primeiras horas da manhã — cerca de uma hora antes do nascer do Sol — seis planetas vão aparecer no céu ao mesmo tempo. São eles:

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  • Mercúrio;
  • Vênus;
  • Júpiter;
  • Saturno;
  • Urano;
  • Netuno.

Entre os planetas visíveis durante o evento astronômico, Mercúrio, Vênus, Júpiter e Saturno poderão ser observados a olho nu. Já Urano e Netuno exigirão o uso de binóculos ou de um pequeno telescópio para serem visualizados.

Observação de Mercúrio

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Na manhã de 19 de agosto, Mercúrio atingirá sua maior elongação oeste — o ponto de maior afastamento aparente do Sol, um dos melhores momentos para observá-lo da Terra.

“É uma oportunidade rara, porque Mercúrio está sempre muito próximo do Sol e, por isso, é difícil de ver. Nesse dia, ele poderá ser observado pouco antes do amanhecer, na direção leste”, explica o professor Roberto Costa, do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).

Conjunções celestes

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O céu de agosto também contará com diversas conjunções, fenômenos em que dois ou mais corpos celestes parecem estar próximos no céu — apesar de estarem distantes entre si no espaço. É uma ótima oportunidade para visualizar planetas, estrelas e a Lua ao mesmo tempo.

Veja as principais conjunções previstas para o mês:

  • 11 e 12 de agosto: conjunção entre Vênus e Júpiter antes do amanhecer, na constelação de Gêmeos;
  • 12 de agosto: conjunção entre a Lua e Saturno antes do amanhecer, na constelação de Peixes;
  • 20 de agosto: conjunção entre Lua, Vênus e Júpiter antes do amanhecer, na constelação de Gêmeos. No mesmo momento, também poderão ser observadas as estrelas Castor e Pólux;
  • 26 de agosto: conjunção entre a Lua e Marte no início da noite, na constelação de Virgem;
  • 27 de agosto: conjunção entre Lua, Marte e a estrela Spica no início da noite, também na constelação de Virgem.

Fases da Lua

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A Lua cheia do dia 9 de agosto é conhecida como “Lua do Esturjão”. O nome é uma referência ao período em que os esturjões peixes de água doce — eram mais facilmente pescados pelos povos indígenas da região dos Grandes Lagos, na América do Norte.

Confira as fases da Lua ao longo do mês de agosto:

  • Lua cheia: 9 de agosto, às 04h55;
  • Lua minguante: 16 de agosto, às 02h12;
  • Lua nova: 23 de agosto, às 03h06;
  • Lua crescente: 31 de agosto, às 03h25.
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Fonte: NASA; Observatório do Valongo; Space