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Cassiopeia A: veja nova foto deste jovem remanescente de supernova

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  |  • 

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NASA, ESA, CSA, Milisavljevic, Temim, De Looze, DePasquale
NASA, ESA, CSA, Milisavljevic, Temim, De Looze, DePasquale

Cassiopeia A, o remanescente de supernova mais jovem que conhecemos em nossa galáxia, foi observado pelo telescópio James Webb. A nova imagem revela a formação em comprimentos de onda do infravermelho médio com detalhes fascinantes, que vão ajudar os cientistas a compreender melhor a formação das supernovas.

Há cerca de 340 anos (na perspectiva da Terra), uma estrela massiva explodiu na Via Láctea e formou Cassiopeia A. Localizado a cerca de 11 mil anos-luz, o remanescente já foi observado por uma série de telescópios. Agora, a nova imagem do Webb se junta às demais já capturadas, e vai auxiliar os cientistas a descobrirem novas informações sobre o objeto.

“Em comparação às imagens anteriores no infravermelho, vemos detalhes incríveis que não conseguimos acessar antes”, observou Tea Temim, coinvestigadora do programa de observações que proporcionou as novas imagens.

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Veja a foto tirada pelo Webb:

Logo de primeira, fica claro que as cores se destacam na foto. Elas representam a luz infravermelha, invisível aos olhos humanos, “traduzida” em comprimentos de onda que podem ser identificados por nós. Além da beleza, as cores guardam também várias informações científicas que a equipe está analisando.

Algumas delas estão no canto superior esquerdo da “bolha” do remanescente, há materiais em tons alaranjados e avermelhados, originados de poeira quente. A região indica onde o material expelido pela estrela está se acumulando ao redor do gás e da poeira.

Já no interior da formação, há filamentos rosados com estruturas acumuladas em nós. Ali, há material da estrela que brilha devido à mistura de elementos pesados, como o oxigênio. “Ainda estamos tentando desembaraçar todas estas fontes e emissão”, disse Ilse De Looze, outra coinvestigadora do programa.

Por fim, se você observar o lado direito da cavidade central do remanescente, vai encontrar uma formação que lembra um laço. “A apelidamos ‘Monstro Verde’”, disse Danny Milisavljevic, investigador principal do programa. “Se você olhar bem, vai perceber que está marcada pelo que parecem pequenas bolhas, mas a forma e complexidade são inesperadas e difíceis de entender”, disse.

Os dados do Webb podem ajudar os astrônomos a entender melhor a poeira do remanescente de supernova e sua formação. “Em Cas A, podemos analisar individualmente as regiões que têm diferentes composições gasosas e analisar os tipos de poeira que se formaram naquelas regiões”, explicou Temim.

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Fonte: NASA