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Buraco negro com 1 bilhão de massas solares estava escondido no universo jovem

Por| Editado por Patricia Gnipper | 09 de Março de 2023 às 12h39

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NOIRLab/NSF/AURA/J. da Silva
NOIRLab/NSF/AURA/J. da Silva

Um buraco negro com a inimaginável massa de 1 bilhão de sóis foi encontrado no início do universo, apenas 750 milhões de anos após o Big Bang. Esse monstro titânico está no centro de uma galáxia a mais de 13 bilhões de anos-luz de distância e está crescendo ainda mais.

Encontrado atrás de uma nuvem densa e turbulenta de poeira, o buraco negro supermassivo da galáxia COS-87259 foi detectado pelo radiotelescopio Atacama Large Millimeter Array (ALMA), no Chile. Ele conta com disco de acreção e jatos relativísticos, ou seja, próximos à velocidade da luz.

Ao observar o objeto a 13 bilhões de anos-luz de distância de nós, os astrônomos estão olhando para o passado, literalmente — a radiação emitida pela matéria ao redor do buraco negro levou 13 bilhões de anos para chegar até nós.

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Considerando que o universo tem cerca de 13,8 bilhões de anos, é simples concluir que a imagem obtida da galáxia COS-87259 nos revela, na verdade, como ela se parecia logo depois do Big Bang. Para ser mais preciso, cerca de 750 milhões de anos após (um piscar de olhos em escala cósmica).

Essa descoberta torna um dos maiores mistérios da astronomia moderna ainda mais intrigante: como buracos negros daquela época se tornaram tão massivos em tão pouco tempo? Isso também sugere que existem muitos outros parecidos tão antigos quanto este.

Os pesquisadores suspeitam que o buraco negro está a caminho de se tornar um quasar — um núcleo galáctico que, sozinho, expele energia capaz de superar o brilho de uma galáxia como a Via Láctea. Se estiver nesse estágio intermediário, o buraco negro da COS-87259 é ainda mais raro entre os já observados.

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Atualmente, existem cerca de 15 quasares incrivelmente brilhantes a uma distância semelhante à do COS-87259. “Se os primeiros buracos negros de bilhões de massas solares são milhares de vezes mais comuns do que pensávamos originalmente [...] isso apenas agrava ainda mais o problema (do mistério sobre a evolução dos buracos negros supermassivos primordiais)”.

Um artigo sobre a descoberta foi publicado na Monthly Notices of The Royal Astronomical Society.

Fonte: MNRAS