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Brilhos fluorescentes podem revelar formas de vida em outros planetas

Por| 14 de Agosto de 2019 às 07h30

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ESO/L. Calçada/M. Kornmesser
ESO/L. Calçada/M. Kornmesser

Uma nova abordagem na busca por vida em outros planetas pode ajudar os astrônomos a encontrar biosferas alienígenas. A proposta é uma técnica para observar a radiação ultravioleta que emana das estrelas vermelhas. Aqui na Terra, essa radiação enviada pelo Sol é absorvida por algumas espécies biofluorescentes, que emitem um brilho se você olhar para elas com câmeras de filtros especiais. O novo estudo sugere que formas de vida biofluorescentes podem existir em outros mundos também.

De acordo com Jack O'Malley-James, pesquisador do Instituto Carl Sagan e principal autor da pesquisa publicada no Monthly Notices of the Royal AstronomicalSociety, "esta é uma maneira completamente nova de procurar vida no universo; imagine um mundo alienígena brilhando suavemente em um poderoso telescópio".

No nosso planeta, existem plantas e muitas formas de peixes e corais biofluorescentes. Diferente da bioluminescência, propriedade dos seres vivos capazes de emitir luz por si mesmos (como vaga-lumes, por exemplo), a bioluminescência é a capacidade de absorver a radiação ultravioleta nociva do Sol e torná-la em comprimentos de onda inofensiva, criando uma bela coloração invisível ao olho nu. “Talvez essas formas de vida também possam existir em outros mundos", disse a co-autora do estudo Lisa Kaltenegger, professora de astronomia e diretora do Instituto Carl Sagan.

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O processo chamado biofluorescência fotoprotetora torna os raios ultravioleta absorvidos em comprimentos de onda mais longos e seguros, e isso poderia deixar um sinal específico pelo qual os astrônomos possam procurar. "Essa biofluorescência pode expor biosferas ocultas em novos mundos através de seu brilho temporário, quando um clarão de uma estrela atinge o planeta", disse Kaltenegger.

Para saber a força do sinal biofluorescente que eles podem encontrar no Cosmos, os astrônomos usaram características dos pigmentos fluorescentes de corais comuns da Terra para criar modelos de espectros e cores dos planetas que teriam condições de abrigar formas de vida.

A próxima geração de telescópios poderia detectar os exoplanetas que contêm esse brilho, se eles de fato existirem no cosmos, e é isso o que Kaltenegger espera. "É um grande alvo para a próxima geração de grandes telescópios, que podem captar luz suficiente de pequenos planetas para analisá-los em busca de sinais de vida", disse ela.

Fonte: Phys.org