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Plantas que brilham no escuro podem substituir lâmpadas no futuro

Por| 17 de Janeiro de 2014 às 14h10

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Que tal economizar na conta de energia elétrica da sua casa usando plantas? Sim, isso mesmo: aquelas plantinhas, que às vezes ficam abandonadas em um canto da sala ou da cozinha, poderão em um futuro próximo substituir as lâmpadas que conhecemos.

Esse conceito maluco começou em maio do ano passado, quando o primeiro projeto foi registrado no site de financiamento coletivo Kickstarter. Chamada Glowing Plant Project, a ideia funciona basicamente em identificar genes de bactérias bioluminescentes e usar a sequência de DNA desses organismos para reprogramar e projetar novas sequências que podem ser implantadas em outras plantas, permitindo que estas brilhem no escuro. Em menos de um mês, o projeto arrecadou mais de US$ 484 mil e agora segue em andamento.

Agora, uma empresa com o mesmo objetivo está liderando esse novo tipo de investimento: a Bioglow, uma companhia fundada pelo biólogo molecular Alexander Krichevsky – que estuda plantas produtoras de luz própria desde 2010 –, anunciou o lançamento da Starlight Avatar, uma planta que também emite a própria luz. O especialista acredita que a Bioglow será a primeira organização do mercado a lançar plantas autoluminescentes para todos os usuários. As informações são do site Dezeen.

Krichevsky explica que desenvolveu as plantas após introduzir nelas o DNA extraído de bactérias marinhas luminescentes. Segundo o cientista, os primeiros protótipos têm vida útil entre dois e três meses e sua iluminação acontece de forma constante e independente, já que não necessita da captação de raios ultravioleta ou adição de substâncias químicas. "As plantas brilhantes serão bem interessantes para os fãs de 'Avatar'", brinca o biólogo – no filme de James Cameron, a flora do planeta alienígena Pandora se ilumina sozinha à noite.

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O único problema da Starlight Avatar, assim como o da Glowing Plant Project, é a intensidade do brilho emitido pelas plantas, que atualmente só servem como objeto de decoração em um local completamente escuro. Krichevsky afirma que a técnica poderia atrair um novo público para o mercado de plantas ornamentais e, eventualmente, provocar uma revolução no design de iluminação. Contudo, o cientista acredita que, conforme a tecnologia for aprimorada, outros setores poderão ser beneficiados.

"Em longo prazo, vemos o uso das plantas autoluminescentes em ambientes com design de iluminação contemporânea. Ou seja, no paisagismo e na arquitetura. Mas também no transporte, marcação de faixas nas calçadas e rodovias que irão emitir luz natural e dispensar a eletricidade", disse. O biólogo afirmou que as plantas também podem responder a estímulos ambientais, tornando sensores agrícolas ainda mais eficazes.

Por enquanto, a Starlight Avatar está disponível em um leilão no site oficial da empresa, e apenas 20 consumidores poderão adquirir as primeiras unidades do produto, que serão enviadas só para quem mora nos Estados Unidos. Os interessados devem se registrar na página e aguardar até o final de janeiro, quando deve ter início o leilão. O preço da planta que brilha no escuro não foi divulgado.

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Apesar de ser uma tecnologia nova, poder usar suas plantas em vez de energia elétrica não parece estar tão longe assim da nossa realidade, além de ser uma ideia sustentável de iluminação.