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Astrônomos desvendam mistério do universo em novas “mechas de gás quente”

Por  • Editado por Léo Müller |  • 

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ESA/XMM-Newton and ISAS/JAXA
ESA/XMM-Newton and ISAS/JAXA

Astrônomos liderados por Konstantinos Migkas, do Observatório de Leiden, na Holanda, identificaram uma grande "mecha" de gás quente ligando quatro aglomerados de galáxias. A formação gasosa é 230 vezes maior que a Via Láctea, e representa a matéria perdida que os cientistas procuravam há décadas. 

Primeiro, é importante destacar que a matéria em questão não tem relação com a matéria escura, que tem este nome porque não interage com a luz e, portanto, é invisível.

Na verdade, trata-se de matéria comum que, assim como eu e você, é feita de átomos, prótons, elétrons e nêutrons. Tal matéria é conhecida como “bariônica”. 

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Os melhores modelos indicavam que devia existir um terceiro tipo de matéria bariônica no universo, mas os cientistas ainda não haviam encontrado-a.

Tanto o Modelo Padrão da Cosmologia como outros modelos diziam que a matéria bariônica “perdida” deveria estar em grandes filamentos gasosos que se estendiam por áreas densas no espaço.

Estes filamentos já foram identificados, mas como têm brilho fraco foram ofuscados por galáxias e outros objetos.

É aqui que entra a descoberta: os astrônomos conseguiram determinar as características de um desses filamentos que une quatro aglomerados de galáxias do Superaglomerado de Shapley, um grupo com mais de 8 mil galáxias. 

Além de longa, a estrutura chega a 10 milhões de graus Celsius, sendo 1.800 vezes mais quente que a superfície do Sol.

A detecção desta estrutura indica que os melhores modelos cósmicos estiveram certos por todo este tempo, e pode revelar mais também sobre a Teia Cósmica (uma grande estrutura junto da qual as galáxias cresceram e se agruparam no início do universo). 

“Pela primeira vez, nossos resultados correspondem com grande precisão ao nosso modelo principal do cosmos, algo que ainda não tinha acontecido. Parece que as simulações estavam certas o tempo inteiro”, comentou Migkas. 
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O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Astronomy & Astrophysics. 

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Fonte: Space.com

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