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Astrônomos descobrem aglomerado estelar massivo a sete mil anos-luz da Terra

Por| Editado por Patricia Gnipper | 02 de Junho de 2021 às 23h00

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SMM/IAC
SMM/IAC

Aglomerados estelares são caracterizados por um conjunto de estrelas que nasceram juntas e, por conta da gravidade entre elas, também tendem a se mover juntas — e são verdadeiros laboratórios para estudar a vida das estrelas. Agora, um grupo internacional de cientistas terá a oportunidade de explorar a mais recente descoberta: o aglomerado estelar massivo chamado Valparaíso 1. A estrutura contém pelo menos 15 mil estrelas de idades intermediárias e está localizada a cerca de sete mil anos-luz de distância da Terra em direção à constelação de Scutum, o Escudo. Para isso, os pesquisadores contaram com as observações do telescópio espacial Gaia e outros situados na superfície.

Astrônomos procuram por aglomerados massivos em nossa galáxia porque eles oferecem uma boa quantidade de estrelas — quanto maior o número de amostra delas, mais oportunidades os cientistas têm de encontrar estrelas em diferentes fases evolutivas, inclusive as menos frequentes. Graças aos avanços das pesquisas nesse campo ao longo dos últimos 20 anos, hoje conhecemos uma dúzia de aglomerados massivos. Os mais comuns são os muito jovens, com menos de 25 milhões de anos, sendo  que os muito antigos têm milhares ou bilhões de anos. No entanto, os de idade intermediária, com 75 milhões de anos, são pouco conhecidos — por isso o Valparaíso 1 é uma janela de oportunidades.

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Conforme o estudo publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, a descoberta inesperada de Valparaíso 1 em uma região do céu já bastante explorada pode sugerir que muitos outros aglomerados massivos possam estar escondidos entre as nuvens de gás e poeira da Via Láctea, ou ofuscados por estrelas mais brilhantes. “Valparaíso 1 contém dezenas de estrelas suficientemente brilhantes para serem observadas por um telescópio amador, mas elas se perdem no meio de uma multidão de estrelas que não pertencem ao aglomerado, mas que estão na frente ou atrás dele, e que disfarçam a estrutura do cluster”, explica Ignacio Negueruela, pesquisador da Universidad de Alicante e principal autor do estudo.

A pesquisa foi possível graças aos dados do satélite Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA), capaz de fornecer com precisão a posição e distância de estrelas muito distantes. Com isso, os astrônomos conseguem medir os pequenos movimentos dessas estrelas ao longo dos anos. Então a equipe utilizou os telescópios do Observatório Las Campanas, no Chile, e do Roque de los Muchachos Observatory, nas Ilhas Canárias, para obter mais informações sobre as propriedades físicas das estrelas do Valparaíso 1.

O artigo com detalhes da pesquisa foi publicado em abril deste ano e pode ser acessado integralmente na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

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Fonte: EurekAlert!