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Astrônomos descobrem 85 exoplanetas candidatos com telescópio da NASA

Por| Editado por Patricia Gnipper | 25 de Janeiro de 2024 às 10h31

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Reprodução/NASA/W. Stenzel
Reprodução/NASA/W. Stenzel

Mais um grupo curioso de exoplanetas parece ter sido encontrado. Astrônomos liderados por Faith Hawthorn, da Universidade de Warwick, descobriram 85 possíveis exoplanetas frios, com temperaturas que parecem ser semelhantes àquelas dos nossos vizinhos no Sistema Solar

Estes candidatos foram detectados em meio aos dados do telescópio TESS (sigla de Transitioning Exoplanet Survey Satellite), da NASA. Para identificar possíveis mundos orbitando outras estrelas, o TESS analisa diminuições no brilho delas causada pela passagem de objetos, como planetas. 

Para o estudo, os cientistas focaram as análises em exoplanetas com períodos orbitais mais longos, os quais teriam temperaturas mais amenas. E deu certo: os 85 candidatos encontrados levam de 20 a 700 dias para orbitar suas estrelas — a diferença é significativa se for comparada àquela dos demais exoplanetas observados pelo TESS, que costumam ter períodos orbitais de 3 a 10 dias.

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Os exoplanetas têm tamanho semelhante ao de Júpiter, Saturno e Netuno; dos 85 candidatos descobertos, 60 são realmente novos e 25 já haviam sido detectados em dados do TESS. Segundo os autores, alguns destes mundos estão nas zonas habitáveis das suas estrelas, ou seja, estão a distâncias de suas estrelas que podem permitir condições adequadas para o surgimento da vida. 

Sam Gill, um dos autores do estudo, destacou a eficiência da detecção a partir de apenas dois trânsitos para a identificação de exoplanetas com períodos orbitais mais longos. “Isso nos permite encontrar planetas muito mais frios, que podem ser descobertos com buscas tradicionais de trânsito”, explicou. 

Nos próximos passos do estudo, ainda vai ser necessário realizar novas observações para confirmar que os objetos identificados são, de fato, exoplanetas. “Há muito espaço para pesquisas contínuas sobre esses exoplanetas — para saber mais sobre seus períodos orbitais exatos, se têm ou não luas e do que são exatamente feitos”, acrescentou Faith.

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O artigo com os resultados do estudo foi publicado no repositório arXiv, sem revisão de pares.

Fonte: University of Warwick