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Astronautas podem ter cérebro alterado e visão prejudicada em viagens espaciais

Por| 20 de Abril de 2020 às 12h59

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Astronautas podem ter cérebro alterado e visão prejudicada em viagens espaciais
Astronautas podem ter cérebro alterado e visão prejudicada em viagens espaciais

Um novo estudo aponta que viagens espaciais de longa duração podem afetar o cérebro humano de maneiras incomuns, e também prejudicar até mesmo a visão dos astronautas. Pior ainda, os efeitos negativos podem durar por bastante tempo. 

Há muitos anos, astronautas têm relatado problemas de visão depois de viajarem para o espaço. Avaliações médicas revelaram que os nervos ópticos dos exploradores espaciais incham e alguns deles tiveram hemorragia retiniana, além de outras alterações estruturais em seus olhos.

O novo estudo, liderado pelo Dr. Larry Kramer, radiologista do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, aponta que esses problemas podem ser causados ​​pelo aumento da pressão intracraniana durante os voos espaciais. Os pesquisadores descobriram evidências de que essa pressão aumenta, de fato, em ambiente de microgravidade.

Para chegar a este resultado, os cientistas realizaram uma ressonância magnética cerebral em 11 astronautas antes e depois de viajarem para o espaço, durante até um ano após o retorno à Terra. As imagens da ressonância magnética mostraram que, com exposição prolongada à microgravidade, o cérebro incha e o líquido cefalorraquidiano, que circunda o cérebro e a medula espinhal, aumenta de volume.

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Além disso, Kramer e seus colegas descobriram que a glândula pituitária também muda com a exposição à microgravidade. Ao ficar comprimida pela pressão na cabeça, a glândula mudou de altura e forma. Os pesquisadores também descobriram que esses efeitos ainda estavam presentes um ano depois que os astronautas voltaram do espaço.

No entanto, são necessários mais estudos para avaliar exatamente como a microgravidade afeta o cérebro durante a vida de um astronauta, e como isso pode variar entre pessoas, de acordo com Kramer. Os pesquisadores também estão trabalhando para desenvolver técnicas que poderiam ser usadas para reduzir esses efeitos negativos.

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Uma dessas técnicas que os pesquisadores estão experimentando pode parecer estranho, porém familiar aos fãs de ficção científica - girar o astronauta por uma certa parte do dia, dentro de uma espécie de centrífuga que funcionaria como uma central de gravidade artificial. Essa técnica foi vista no filme 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick. Bem, não será nada tão extravagante como vimos no cinema, mas a solução já tem sido testada há algum tempo para amenizar vários problemas causados pela estadia prolongada no espaço.

Fonte: Space.com