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Antigo satélite soviético cruza o céu do Sul brasileiro como bola de fogo

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Captura de Tela/BRAMON
Captura de Tela/BRAMON

Um antigo satélite soviético reentrou a atmosfera cruzando os céus de alguns estados do Sul do Brasil, no dia 3 de janeiro, por volta das 21h03. O satélite Cosmos 1437 permaneceu quase 40 anos em órbita e o momento de sua queda foi registrado por diversas câmeras.

Enquanto o satélite atravessava a atmosfera, ele foi observado em três estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná — além do Uruguai. A estação da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) na cidade catarinense de Monte Carlo registrou o evento no vídeo abaixo:

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Nas redes sociais, há relatos de pessoas que confundiram o objeto com um bólido, aquele meteoro semelhante a uma bola de fogo. Alguns até pensaram se tratar da passagem de algum satélite Starlink, da SpaceX.

Mas, após análises de órbita e imagens, a BRAMON concluiu se tratar de um antigo satélite espião usado pela União Soviética, o Cosmos 1437. Ele foi lançado à órbita em 20 de janeiro de 1983 pelo foguete Vostok-2M, mas há muito tempo estava desativado.

Com o passar do tempo, qualquer objeto em órbita vai perdendo altitude — ou seja, gradualmente ele vai caindo. Por isso, a reentrada do satélite soviético não foi uma surpresa, pois já estava prevista para dia e horário em que ocorreu o evento.

Com base nas informações orbitais do satélite de três horas antes de sua reentrada, a Aerospace previu com grande precisão local e horário do evento. Então, o Cosmos 1437 atravessaria o Brasil por volta das 21h02 do dia 3 de janeiro.

Abaixo, você confere a reentrada do satélite pelas câmeras da Exoss Citizen Science, organização sem fins lucrativos que estuda e observa meteoros:

A reentrada do Cosmos 1437 não ofereceu nenhuma ameaça aos moradores das cidades por onde cruzou o céu. Boa parte do satélite queimou durante sua travessia pela atmosfera e qualquer pedaço que tenha sobrado disso provavelmente caiu no oceano.

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Fonte: Clima ao Vivo, BRAMON

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