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Airbus testa tecnologia para transmitir energia pela órbita da Terra

Por| Editado por Patricia Gnipper | 17 de Novembro de 2022 às 17h33

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Tempus/Envato
Tempus/Envato

A empresa europeia Airbus demonstrou a transmissão de energia solar do espaço em um novo experimento. A demonstração foi realizada em X-Works Innovation, fábrica da empresa na Alemanha, e levou a energia elétrica de um painel fotovoltaico na forma de um feixe de microondas, recebidas por um receptor a cerca de 36 m de distância.

Durante o teste, os pontos representavam o “espaço” e a “Terra”, e o procedimento foi um sucesso: a energia foi transmitida e alimentou tanto um modelo de cidade quanto um gerador de hidrogênio e até uma geladeira, repleta de cervejas sem álcool.

A distância percorrida pelo feixe durante os testes pode parecer pouca, mas os engenheiros do projeto acreditam que os primeiros protótipos da tecnologia transmissora de energia em órbita podem estar prontos para uso no início da próxima década. Para a empresa, a energia solar poderá ser usada para alimentar cidades, fábricas e até aviões.

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Yoann Thueux, líder do projeto, observa que as vantagens de obter a energia solar no espaço são várias. “Fora da atmosfera da Terra, a luz do Sol está disponível indefinidamente, não somente durante o dia e com tempo bom, como acontece na Terra, e é 50% mais intensa”, explicou ele.

A empresa deve começar com testes de transmissão de energia solar com uma plataforma aérea, para somente depois verificar alguma versão do sistema no espaço. Futuramente, um painel solar na órbita geoestacionária da Terra poderia gerar grande quantidade de eletricidade, que seria transmitida de forma segura e controlada. Em solo, grupos de antenas distribuídas por grandes áreas poderiam receber os feixes, usando-os para gerar energia.

“Os feixes passam pelas nuvens facilmente, então a perda de energia é mínima, e a tecnologia pode ser desenhada para evitar ferimentos a aves ou pessoas voando em aeronaves”, acrescentou ele. A Airbus destaca também que um sistema do tipo não teria custos maiores que aqueles da infraestrutura convencional de energia, como as usinas nucleares ou fazendas eólicas.

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Ainda há muito trabalho pela frente até a tecnologia ser usada, mas parece ter grande potencial. “Isso pode mudar o jogo para aeronaves, com potencial para estender o alcance e diminuir o peso, mas também transmitindo energia para outros lugares, gerenciando a energia como dados”, finalizou Jean-Dominique Coste, gerente do departamento Blue Sky, na Airbus.

Fonte: Airbus