80 OVNIs foram reportados à FAB por pilotos de avião em 2023
Por Danielle Cassita • Editado por Luciana Zaramela |

A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou 30 novos documentos ao Arquivo Nacional. Os registros incluem relatos de pilotos que dizem ter observado aproximadamente 80 objetos voadores não identificados (ou OVNIs) em 2023.
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Um dos documentos traz o caso de pilotos de um voo da Azul que foi de Ourilândia do Norte (PA) para Belém. Segundo o relato, eles observaram duas luzes brancas que, ora paravam, ora se moviam em zigue-zague, as quais acompanharam o voo praticamente inteiro.
Entre outros relatos, está o de um piloto que afirmou ter visto em janeiro de 2023 entre um e cinco objetos estranhos no ar. Sem companhia área identificada, o piloto teve seus dados pessoais ocultados e afirma que o fenômeno foi visto por seis pessoas.
De acordo com ele, as luzes estavam a 20º acima do horizonte da aeronave e se moviam em círculo, se afastando e se aproximando. Elas foram vistas primeiro em Ilha Comprida (SP) e permaneceram até Navegantes (SC).
"O espanto foi em decorrência das luzes/movimentação dos objetos não corresponderem a um satélite, lixo espacial ou qualquer outro fenômeno conhecido", descreveu. Apesar de as testemunhas dos eventos terem filmado e fotografado as observações, estes registros não foram disponibilizados.
Ainda, os arquivos mostram que os OVNIs vistos têm formatos, cores e luminosidade variados — aqueles vistos em Fortaleza, por exemplo, foram descritos como “uma grande caneta amarela”. Já a tripulação de um voo que ia do Panamá a Guarulhos (SP), o objeto visto tinha formato de charuto e “voava em saltos”.
Finalmente, o objeto visto entre Navegantes e o litoral norte gaúcho pareceu ter cores vermelhas e verdes, que mudavam “quando circulavam dez vezes mais rápido que um avião comercial”. Algo em comum entre os relatos é que eles sempre apontam céu limpo e boa visibilidade.
A FAB declarou que todos os documentos, relatos e outros materiais relacionados aos OVNIs no âmbito do Comando da Aeronáutica, entre 1952 e 2023, foram disponibilizados no Arquivo Nacional, sendo de domínio público.
"O Comando da Aeronáutica não realiza estudos e análises acerca do tema, apenas cataloga as informações prestadas por terceiros e as remete, periodicamente, ao Arquivo Nacional", comentou a Aeronáutica à Folha.
A NASA criou uma força-tarefa para investigar os avistamentos destes objetos — que, aliás, também são chamados de UAPs, sigla de "Unidentified Anomalous Phenomena", ou Fenômeno Anômalo Não Identificado. O termo foi adotado em 2022 pelo Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, para descrever tais fenômenos.
Hoje, o termo “OVNI” é muitas vezes usado como sinônimo de possíveis formas de vida extraterrestre em nosso planeta. No entanto, ainda não foi encontrada nenhuma evidência de seres do tipo e nem de qualquer relação entre tais objetos e possíveis alienígenas, e por isso oficiais e cientistas vêm adotando o nome UAP.
Vale lembrar que muito da preocupação com a origem de tais objetos tem muito mais relação com a possibilidade de alguma nação rival ter tecnologias avançadas, capazes de colocar em risco a segurança nacional.
Fonte: Folha