Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Fórmula 1 tem novos carros para 2022: veja 6 curiosidades

Por| Editado por Jones Oliveira | 27 de Dezembro de 2021 às 15h00

Link copiado!

Divulgação/Formula 1
Divulgação/Formula 1

A Fórmula 1 chegou recentemente ao fim de uma das temporadas mais disputadas e controversas das últimas décadas. A vitória de Max Verstappen, da Red Bull, quebrou uma hegemonia de sete anos de vitórias de pilotos da Mercedes e quatro títulos consecutivos do inglês Lewis Hamilton. Agora, enquanto a poeira sobre a polêmica corrida final ainda está abaixando, os fãs já começam a olhar para 2022.

Isso já aconteceria normalmente, mas o ano que vem reserva algumas surpresas. A Fórmula 1 chega com um novo conjunto de regras e novas imposições técnicas, ainda frutos de uma era de hegemonia, assim como mudanças mecânicas que visem proporcionar mais ultrapassagens e maior controle sobre o desenvolvimento dos carros, que prometem ser mais parelhos. São novas oportunidades para equipes que apenas beliscaram o campeonato nos últimos anos e mais desafios para os mantenedores dos títulos de pilotos e construtores.

Continua após a publicidade

As regras caminham lado a lado com os carros e, aqui, reunimos os cinco pontos principais para prestar atenção e torcer por uma temporada ainda mais eletrizante da Fórmula 1 em 2022.

6. Menos turbulência, mais ultrapassagens

O foco aerodinâmico é o principal no desenvolvimento dos novos carros da F1 para 2022. Com diferentes mudanças de design, a ideia da categoria é permitir que os monopostos tenham perseguições mais próximas e que os pilotos cheguem mais perto do que nunca antes de realizarem uma ultrapassagem, uma alternativa ao mesmo tempo fascinante para quem assiste e fisicamente interessante por entregar a maior velocidade possível para os ataques com o mínimo de perda aerodinâmica.

Continua após a publicidade

O downforce, no termo mais usado, é a aderência aerodinâmica, gerada principalmente pelas asas traseiras e dianteiras dos carros. O problema é que os monopostos da Fórmula 1 também geram turbulência para quem vem atrás; em 2021, de acordo com dados da categoria, a redução aerodinâmica é de 35% a 20 metros de distância e 46% a 10 metros, com as mudanças, a ideia é reduzir os valores para 4% e 18%, respectivamente.

Com mais downforce, os carros ficam mais velozes nos momentos de disputa e aumentam, também, a pressão dos competidores sobre quem está à frente. Ao lado de mecanismos como o DRS, um sistema de redução de arrasto que permite abrir a asa traseira para facilitar ainda mais as ultrapassagens, a expectativa é de corridas mais empolgantes e movimentos mais arrojados por parte dos pilotos.

A mágica da redução na turbulência está, justamente, nas linhas mais arredondadas dos carros. Outras adições, como os protetores sobre as rodas dianteiras, ajudam nessa tarefa, direcionando o ar para cima, longe da asa traseira. Já coberturas centrais nos pneus reduzem a turbulência dos ventos que, antes, giravam junto, com um resultado mais “limpo” que mantém o downforce para quem está na perseguição.

5. Pneus maiores

Continua após a publicidade

Novamente vamos falar de ultrapassagens e, também, de um aspecto tão notável quanto as linhas da carroceria. Em 2022, os carros de Fórmula 1 terão pneus maiores, com 18 polegadas contra as 13 polegadas dos modelos atuais. A fabricante continua sendo a Pirelli, que com a mudança deseja reduzir o aquecimento durante os momentos em que os pilotos estão dando o máximo, além de permitir permanências maiores na pista.

O tamanho maior também ajuda a redirecionar o ar turbulento para longe das asas, enquanto auxilia, também, nos momentos de frenagens bruscas. Quando elas acontecem — caracterizadas pela fumaceira que vemos nos momentos de competição — os pneus ficam marcados e com áreas “quadradas”, que reduzem a aderência e a vida útil. Com uma área de contato maior com o solo, isso ajuda a estender a vida útil.

Aqui, também, entra a questão da economia de recursos. A ideia da FIA (Federação Internacional do Automóvel, na sigla em italiano) é aumentar a competitividade enquanto reduz custos para as equipes, com os pneus maiores e mais duradouros ajudando exatamente nisso. Entram aí, também, os protetores nas rodas que podem ajudar a reduzir os riscos de furos durante contatos entre os pilotos, novamente, minimizando o uso de recursos durante as provas.

Continua após a publicidade

4. Combustível mais sustentável

A FIA também segue firme em seu objetivo de garantir maior respeito ao meio ambiente enquanto mantém as convenções do esporte. Alterações recentes nos motores, por exemplo, ajudaram nisso e, em 2022, a ideia é que os combustíveis usados pelas equipes tenham um mínimo de 10% de componentes sustentáveis, pouco menos do que o dobro do imposto pelas normas de 2021.

A solução para isso foi o chamado E10, composto que tem 10% de etanol em sua mistura. Outras normas exigem que mesmo esse componente siga práticas sustentáveis de fabricação, principalmente no que toca a pegada de carbono deixada. A ideia da federação, também, é aproximar ainda mais tais aspectos daqueles encontrados nos carros de passeio, de forma que os desenvolvimentos em uma dessas frentes auxiliem a tornar a outra mais sustentável, e vice-versa.

Continua após a publicidade

3. “Simplicidade” altamente especializada

As linhas arredondadas dos carros, como já falado, não estão nos modelos de 2022 meramente pelo design. As asas traseiras e dianteiras terão menos elementos e também alteram o fluxo do ar pelos carros, aumentando a estabilidade e a aderência deles às pistas. Outras mudanças trazem alterações sensíveis que, agora, são analisadas pelos engenheiros as equipes em busca daquela diferença de meio segundo que significa uma vitória ou derrota.

Uma das ideias da FIA para 2022 na Fórmula 1 é que os carros se tornem mecanicamente mais simples, com alterações nas suspensões e amortecimentos, por exemplo, cumprindo esse papel. Mudou, ainda, a forma como o nariz do carro se encaixa na carroceria, enquanto as caixas de câmbio devem se manter as mesmas até 2025, com apenas uma melhoria possível nas especificações durante esse intervalo.

Continua após a publicidade

2. Motor "repetido"

Enquanto do lado de fora quase tudo está diferente, os carros da Fórmula 1 usarão as mesmas unidades de potência de 2021 no próximo ano. Os pacotes turbo-híbridos já são considerados alguns dos mais avançados da atualidade, assim como os responsáveis por algumas das mudanças de domínio nas corridas e disputas que vimos, principalmente, na recém-encerrada temporada.

Apenas motores, porém, não são tudo e, enquanto marcas como Honda (fornecedora da Red Bull e da AlphaTauri) e Mercedes, na equipe de mesmo nome e na McLaren, Aston Martin e na Williams devem continuar batendo de frente, as demais mudanças abrem espaço para que as outras fornecedoras encontrem seu caminho. Quem sabe, por meio da aerodinâmica, não seja a vez das unidades da Ferrari, também na Haas e Alfa Romeo, e Renault, exclusivamente na Alpine, encontrarem algum lugar ao Sol?

Continua após a publicidade

1. Maior foco na segurança

Mais do que velocidade, disputa e aspectos técnicos, a proteção dos pilotos segue como o elemento central de tudo o que engloba a Fórmula 1. O tão criticado halo, que salvou a vida de muitos pilotos nestes últimos anos, está de volta e protegendo os competidores ainda mais, junto com outros elementos que fazem com que aquele que era conhecido como o esporte da morte em seus primeiros anos tenham minimizado o número de incidentes graves e, principalmente, fatais, nas últimas três décadas.

Os chassis a serem usados em 2022 são mais robustos, capazes de absorverem 48% mais impacto em uma batida frontal e 15% na traseira. O nariz mais longo e largo ajuda a dissipar a energia de uma colisão, assim como os pneus maiores, enquanto a unidade de potência foi desenhada para se separar do restante do veículo no caso de uma colisão, enquanto protege a célula de combustível para evitar incêndios e explosões.

Continua após a publicidade

São elementos que a Fórmula 1 aprendeu, por exemplo, com o impressionante acidente sofrido pelo piloto Romain Grosjean no Grande Prêmio do Bahrain de 2020. Fatalidades recentes, como a morte de Anthoine Hubert em 2019, também auxiliaram no desenvolvimento de modelos mais resistentes e seguros para os pilotos.

Quando começa a Fórmula 1 em 2022?

Os resultados de todas essas mudanças, principalmente no que toca os novos modelos de carros, serão vistos a partir de fevereiro de 2022. Até o momento em que esse artigo é escrito, nenhuma das escuderias marcou data para as apresentações de seus carros para o próximo ano, mas essa é apenas uma questão de tempo.

Continua após a publicidade

Vale a pena citar, claro, que os modelos de cada equipe podem acabar não sendo idênticos ao conceito apresentado pela FIA já que, como dito, os engenheiros estão trabalhando em busca de melhorias, achados e especificações que garantem a maior velocidade possível. O tempo urge, claro, e não deve demorar muito para que a gente veja essas novidades na prática.

Os carros começam a rodar, de verdade, nos testes de pré-temporada, marcados para começarem no dia 23 de fevereiro em Barcelona, na Espanha. Serão seis dias de monopostos na pista da Catalunya, seguidos de mais três entre 10 e 12 de março no circuito de Sakhir, no Bahrain. É lá, também, que a temporada de 2022 da Fórmula 1 começa, no dia 20 de março.

Com informações: Formula 1, Motorsport