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Quanto custa um carro de Fórmula 1?

Por| Editado por Jones Oliveira | 30 de Janeiro de 2022 às 09h00

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Beto Issa/GP Brasil de F1
Beto Issa/GP Brasil de F1

A Fórmula 1 é a principal categoria do automobilismo mundial e encanta a todos não apenas por suas corridas espetaculares e seus pilotos fora de série, mas também por toda a tecnologia e engenharia envolvidas no circo da competição.

Além do piloto, o centro de tudo isso o que estamos falando é o carro de Fórmula 1. Eles são muito diferentes dos automóveis de passeio e quase em nada se parecem com os superesportivos de rua, pois o foco aqui é estritamente a competição e maneiras de ganhar alguns milésimos de segundo nas centenas de voltas dadas em cada temporada.

Para chegar no nível em que esses carros estão hoje, foi preciso muito investimento em equipamentos, tecnologia e material humano para torná-los não apenas mais rápidos, mas também eficientes, seguros e rentáveis. Em uma competição desse nível, cada parafuso conta.

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Ao observar esses monstros atingirem velocidades impressionantes, fazerem curvas perfeitas e praticamente decolarem, fica a pergunta: quanto será que custa um carro de Fórmula 1?

A resposta óbvia é: muito caro! Mas saiba que, diferentemente dos carros comerciais, que têm suas peças muitas vezes vendidas em lotes, os componentes dos bólidos da Fórmula 1 são muito específicos e custam o olho da cara.

Quanto custa um carro de Fórmula 1?

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A FIA sempre faz adições às regras da Fórmula 1 e uma das mais polêmicas dos últimos tempos é o teto de gastos, limitado a US$ 140 milhões. Isso gerou muita reclamação em algumas das principais equipes do grid, como a Ferrari, que chegou a dizer ao Motorsport que isso limitaria o desenvolvimento dos carros. Mas de quanto exatamente estamos falando?

Bem, um carro de Fórmula 1 custa, em média, US$ 20 milhões de dólares, distribuídos de forma um tanto quanto curiosa. Para que o leitor do Canaltech tenha ideia, somente o motor não sai por menos de US$ 15 milhões, com o restante do dinheiro sendo alocado nas rodas, asas, chassi e sistemas de segurança e comunicação.

E porque o motor é a parte mais cara de um carro de Fórmula 1? Por que ele é o componente que mais tem tecnologia embarcada, já que ano após ano a F1 precisa se adequar às normas de emissões e ruídos — além de torná-lo melhor. Também é no motor, inclusive, que as equipes da categoria costumam fazer as maiores maquiagens no orçamento, geralmente falando que gastam menos do que realmente foi.

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As demais peças do carro de Fórmula 1, por sua vez, custam bem menos do que o motor, mas ainda assim são caras — sobretudo se levarmos em conta os valores que um carro comum exige. Um jogo de pneus, por exemplo, custa quase US$ 3 mil, enquanto o chassi de fibra de carbono sai por US$ 650 mil. O volante, por sua vez, tem preço de módicos US$ 50 mil.

Também entram na conta câmbio, sistema hidráulico, asas traseira e dianteira, tanque de combustível, sistema de comunicação e o halo, peça que cobre a cabeça dos pilotos para protegê-los em caso de acidentes.

Portanto, com o novo teto de gastos, as equipes vão precisar dosar muito bem os investimentos em seus carros. Isso pode, claro, afetar diretamente a competição. Se vai melhorar ou piorar, só o tempo vai dizer.

Com informações: Quatro Rodas, Moyens