Star Wars | O que acontece com Leia depois de Obi-Wan Kenobi?

A pequena Leia (Vivien Lyra Blair) é uma das grandes surpresas de Obi-Wan Kenobi. Mais do que ser uma espécie de Baby Yoda da série, a jovem conseguiu apresentar um lado totalmente novo de uma personagem tão icônica e amada pelos fãs, ao mesmo tempo em que se manteve muito fiel àquilo que a gente já conhecia da personagem.

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Por isso que, mesmo sabendo que tudo ficaria bem com a menina e que ela cresceria firme e forte para se tornar senadora e uma das lideranças da Aliança Rebelde, acompanhar suas desventuras ainda criança traziam um tanto de tensão. E, como todo mundo já esperava, tudo acabou bem para ela.

Só que essa história toda não existe só para mostrar como Leia era fofinha quando criança, mas para mostrar como a fagulha da revolução sempre existiu na garota e que ela sabia desde muito nova o quanto o Império poderia ser cruel. E, embora Obi-Wan Kenobi termine deixando tudo pronto para a princesa de Uma Nova Esperança, há outras aventuras em livros, quadrinhos e animações que preenchem essa lacuna e mostram mais da evolução da heroína mais marcante de Star Wars.

Espírito de aventura

A série do Disney+ já deixa claro o quanto Leia é uma garota bastante particular. Embora faça parte da corte de Alderaan, ela é impulsiva e prefere passar parte do seu dia mais aprontando do que dentro do protocolo real — um comportamento que ela herdou de seus pais biológicos, como o próprio Obi-Wan (Ewan McGregor) pontua. E isso é algo que essas outras histórias exploram.

No livro Star Wars A New Hope: The Princess, The Scoundrel and the Farm Boy, é mostrado um pouco do que aconteceu com a jovem após os eventos de Obi-Wan. Assim como o final da série deixa a entender, ela seguiu muito interessada em aprender a lutar e a atirar. Assim, seu pai Bail Organa designa professores que vão ajudá-la a se defender em caso de necessidade — afinal, ela já foi sequestrada uma vez.

Já em sua adolescência, Leia passa a se interessar pelo campo político e começa a atuar cada vez mais ao lado do pai em questões relacionadas ao Senado, sendo preparada para ocupar o posto no futuro. É nesse período que ela começa a ter mais contato com a parte pobre da galáxia, se deparando com a miséria deixada pelo Império nas áreas em que explora recursos.

O livro Leia: Princesa de Alderaan aborda bem esse período, mostrando a construção da heroína como essa liderança em defesa de direitos humanos — se é que podemos chamar assim em um mundo cheio de aliens —, contrabandeando mantimentos em áreas excluídas e até organizando grupos de refugiados para seu planeta-natal. E essa ajuda humanitária é algo fundamental para que possamos entender os rumos que Leia toma nos filmes, por exemplo.

Leia e os rebeldes

É nesse período, por volta de seus 16 anos, que ela tem seu primeiro contato com a Aliança Rebelde. Mais do que isso, ela descobre que seu próprio pai é um dos nomes que encabeça o grupo, ajudando as forças anti imperiais com recursos e informações. E é óbvio que isso é um convite para que a própria Leia passe a agir mais ativamente com esse grupo a partir de então.

Um pouco dessa fase aparece na animação Star Wars: Rebels, que trata da formação desse grupo rebelde e que traz Leia se envolvendo cada vez mais nas questões relacionadas à revolução.

Nessa época, ela ainda não era uma senadora de fato, mas tinha alguns privilégios dentro do Império por ser parte da família real de Alderaan. Isso garantia que ela tivesse livre trânsito por muitas áreas do Império, o que foi usado como forma de liberar informação e até mesmo dados sensíveis às tropas rebeldes — o que faz dela uma espécie de espiã espacial.

Tanto que é nesse contexto que a conhecemos pela primeira vez, em Uma Nova Esperança. O seu pedido de socorro a Obi-Wan acontece justamente quando o roubo dos planos da Estrela da Morte é descoberto e ela acaba sendo presa por Darth Vader e seus Stormtroopers — e o resto é história.