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O que esperar de O Beco do Pesadelo, novo filme de Guillermo del Toro?

Por| Editado por Jones Oliveira | 14 de Janeiro de 2022 às 10h00

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Divulgação/Searchlight Pictures
Divulgação/Searchlight Pictures

Desde que ganhou o Oscar por A Forma da Água, Guillermo del Toro está longe da direção. São cinco anos sem lançar um novo filme e, por isso mesmo, a expectativa por seu próximo projeto apenas aumenta. Até porque O Beco do Pesadelo, que estreia no próximo dia 27 de janeiro, promete misturar um dos clássicos do cinema com a pegada mais sombria do cineasta mexicano.

O longa é um remake do filme O Beco das Almas Perdidas, de 1947, e traz um suspense psicológico bastante pesado que encontrou um tom mais místico no estilo de del Toro. Não por acaso, as imagens e trailers divulgados são bem vagos em relação à história que será contada, mas focando bastante na tensão que devemos encontrar na dinâmica entre esses personagens.

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Só que, por ser baseado em um filme lançado há 75 anos — que, por sua vez, já era baseado em um livro —, nem todo mundo conhece essa história e não sabe muito bem o que esperar do novo O Beco do Pesadelo. E isso é ótimo, pois dá liberdade tanto para o diretor mexer em algumas estruturas como ainda abre espaço para algumas surpresas.

Assim, se você faz parte do time dos que não têm ideia do que vem por aí, conheça algumas das razões que fazer com que o retorno de Guillermo del Toro seja uma das principais atrações deste começo de ano.

Bedo do Pesadelo: entre o homem e a fera

A premissa de O Beco do Pesadelo é bem simples. Ambientado em um parque de diversões itinerante — aqueles com circo dos horrores do começo do século 20 — na década de 1940, ele foca na história de Stanton Carlisle (Bradley Cooper), um homem ambicioso com uma peculiar habilidade de manipulação.

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É a partir desse seu dom que, junto com a sua namorada (Rooney Mara), ele passa a enganar a elite de Nova York e a viver uma vida a qual não pertence. E é nesse ínterim que o seu caminho se cruza com o de Lilith Ritter (Cate Blanchett), uma psiquiatra tão ambiciosa quanto ele e que vê em Stanton um parceiro valioso para enganar pacientes e conseguir ainda mais dinheiro.

O problema é que essa parceria é algo que rapidamente sai de controle e as consequência é algo que passa a afetar não só ao manipulador, mas também todas as pessoas à sua volta e de formas inimagináveis.

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Como dito, isso tudo é apresentado de uma forma bem vaga no material de divulgação. Tanto que o trailer sugere até mesmo alguns elementos mais sobrenaturais, se aproveitando muito bem do clima bizarro desses parques itinerantes e dos circos de horrores.

O que esperar

Assim, o que o diretor deve fazer é se aproveitar dessa ambiguidade proposital e da própria ambientação para construir não um terror clássico, mas uma tensão psicológica que dialoga com aquilo que é levantado no trailer: afinal, trata-se de um homem ou uma fera? Basicamente, é um debate sobre o quanto a ambição desmedida, a falta de escrúpulos e a entrega a instintos nos aproxima dessa figura mais bestial.

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Só que, é claro, isso deve ser apresentado de uma forma bem característica de del Toro, que sempre soube trabalhar muito bem suas alegorias misturando fantasia e até elementos mais oníricos — basta lembrar de O Labirinto do Fauno, por exemplo.

Além disso, detalhes divulgados por órgãos de classificação indicativa já colocam O Beco do Pesadelo como algo um pouco mais pesado, seja na violência quanto na própria presença de conteúdo de cunho sexual.

Ainda assim, tudo em torno do filme segue envolto em muito mistério — o que é muito bom. Para um filme em que o suspense e a dúvida conduzem toda a tensão, chegar às cegas é a melhor forma de embarcar na história. Além do mais, temos o selo del Toro de que, pelo menos, a viagem vai ser interessante.