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Depois do Coringa de Joaquin Phoenix, qual o futuro do vilão no cinema e na TV?

Por| 21 de Outubro de 2019 às 08h22

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dc comics
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Coringa é com certeza um dos grandes destaques do ano no mundo do entretenimento. O filme já fazia muito barulho antes mesmo de estrear e — além das polêmicas fora das telonas — a atuação de Joaquin Phoenix colocou o personagem, já popular mundo afora, em outro patamar na cultura pop. E então fica a pergunta: o que será do vilão a partir de agora?

O Canaltech projetou alguns cenários que podem acontecer, baseado em como a DC Films tem se reestruturado na Warner Bros após os fracassos e mudanças de cadeiras; e em como a DC Comics tem tratado sua criação ultimamente.

Coringa 2

Com todo o sucesso conquistado, especialmente em uma produção tão rentável — custou US$ 55 milhões e já ultrapassou os US$ 730 milhões em arrecadação—, há uma pressão natural para que haja uma sequência. O próprio Joaquin Phoenix já demonstrou interesse, desde que, claro, Todd Phillips tenha uma ideia tão interessante quanto a original.

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Vai ser difícil fazer uma sequência tão bem-sucedida, até porque o grande charme de Coringa é ver a destruição de um homem e a criação de um vilão em uma história de origem em estudo de personagem. O caminho mais interessante seria explorar como Arthur Fleck contaminou a sociedade e o que ele faria com esse poder nas mãos. Poderia ele ter um pouco de sua sanidade de volta?

A Warner Bros provavelmente desenvolveria mais a mítica cidade de Gotham e poderia abordar mais referências ao Batman — mas não espere pela tradicional trama de gato e rato como costumam ser os conflitos entre os arqui-inimigos.

The Batman

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Como a ideia é revigorar Batman no cinema e construí-lo de uma forma mais lenta, The Batman de Matt Reeves e Robert Pattinson deve abordar um Homem-Morcego mais calado e observador. A Warner Bros quer um meio-termo entre a versão de Christopher Nolan e de Zack Snyder, ou seja, algo mais pé no chão, mas que também possa fazer parte do universo heroico.

Assim, colocar o Coringa logo de cara nessa jogada seria um erro, porque, como sabemos, o vilão pode mesmo roubar a cena. Sua introdução em uma possível sequência é inevitável, mas não espere vê-lo como principal ameaça no momento. Além disso, usar a mesma estrutura de Nolan, citando-o no primeiro filme e colocando-o no segundo, é algo que já foi feito, certo?

DCEU sem Coringa, por enquanto

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Jared Leto não agradou como Coringa e sua participação em Esquadrão Suicida é completamente esquecível. O ator até mesmo entrou em atrito com a Warner Bros quando soube da escalação de Joaquin Phoenix, então, seu retorno, no momento, é improvável — veja bem, ele nem deve aparecer em Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa.

A DC Films vem finalmente aceitando as 52 Terras paralelas da DC Comics e desencanando da ideia de seguir um universo em sincronia, como o Marvel Studios fez. Ao invés disso, a ideia seria manter algumas timelines conectadas e cientes de que as outras existem — assim como acontece nos quadrinhos e como Crise nas Infinitas Terras deve estabelecer no crossover do Arrowverse nas telinhas.

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Atualmente, o Universo Estendido DC (ou DCEU, na sigla em inglês), tem “continuação” confirmada em Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (7 de fevereiro de 2020), Mulher-Maravilha 1984 (5 de junho de 2020), The Batman (25 de junho de 2021), Esquadrão Suicida 2 (6 de agosto de 2021) e Aquaman 2 (16 de dezembro de 2022). O momento é de reconstrução e de coisas mais “ensolaradas”, ou seja, versões menos sombrias do que as que foram apresentadas — e o Coringa de Joaquin Phoenix faria o contrário para o DCEU neste momento.

Depois disso, temos Black Adam, Shazam 2, Tropa dos Lanternas Verdes, Novos Deuses, Liga da Justiça Sombria, entre outros projetos sem data, que nada teriam a ver com o vilão de Batman. Mas há algumas boas chances de o Coringa aparecer a partir de 2023: no cronograma da Warner Bros ainda há um projeto da Bartgirl, outro do Palhaço do Crime sendo interpretado pelo próprio Jared Leto e em seguida um de Arlequina com o Coringa e mais dois filmes ligados ao Batverso: um do Asa Noturna e outro intitulado Gotham City Sirens.

TV sem Coringa, por enquanto

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A Warner Bros. sempre foi muito protetora com relação ao Batman e ao Superman, suas duas pérolas mais preciosas — especialmente sobre o Homem-Morcego. Clark Kent teve várias versões nas telinhas ao longo dos anos e ultimamente até tem aparecido mais como coadjuvante. O mesmo não se pode dizer de Bruce Wayne.

A última incursão de Batman nas telinhas foi em Gotham, mas, ainda assim, não em sua forma completa. Ele já foi citado várias vezes, inclusive em Arrow, e está quase aparecendo, como aconteceu em Titans e Batwoman. Mas, ainda assim, o Homem-Morcego custa a aparecer, assim como seu nêmesis.

Embora a versão de Jerome e Jeremiah Valeska tenha sido interessante em Gotham, deve demorar um pouquinho até o Coringa apareça de novo nas telinhas. Quem sabe em Titans ou até mesmo como referência em Batwoman?

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Os três Coringas e o ano do vilão

O que é mais interessante na trajetória do Coringa é o fato de ele estar sendo desenvolvido de forma dinâmica ao longo dos anos, por meio de uma retroalimentação entre as mídias. A cada nova versão que é bem recebida pelo público — seja nos quadrinhos, no cinema ou na TV —, mais complexo o personagem fica.

Três histórias da DC Comics devem acrescentar um pouco mais de estofo ao vilão. No universo à parte de Batman: White Knight, de Sean Murphy, o Coringa aparentemente retomou sua sanidade e o papel de vilão e herói é invertido. Nessa trama, confirmamos que o Palhaço do Crime possui uma adoração doentia pelo Homem-Morcego. A sequência, Batman: Curse of the White Knight, está saindo agora nos Estados Unidos.

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Em The Three Jokers, de Geoff Johns, veremos respostas à descoberta de Batman na continuidade oficial da DC Comics. Ou seja, saberemos melhor como a editora vai explorar melhor o conceito do Coringa como uma ideia e não apenas como um homem — afinal, um homem pode ser destruído; uma ideia, não. A história sai pelo selo adulto Black Label e deve ser lançada somente no ano que vem.

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Já em The Joker — Year of the Villain, o lendário cineasta John Carpenter mostra algumas das obsessões da mente perturbada do Coringa, como ele gostar de se vestir de Batman e até mesmo fantasiar em ser asfixiado pelo Homem-Morcego. A edição saiu na semana retrasada. Tudo isso pode ser agregado em futuras versões do personagem.

Volta mais elaborada nas plataformas mais populares

Bem, como dá para notar, a Warner Bros tem feito o que sempre fez com o Batman e o Coringa. Ela não tem pressa de desenvolver essas criações. Mas, como o Marvel Studios avança com agressividade no mercado, a DC Films começa a se articular para realizar as produções em um ritmo mais acelerado — com pelo menos um título ligado à DC Comics nas salas de exibição por ano (a Marvel coloca de dois a três).

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Então, embora o Coringa não apareça com a frequência que gostaríamos, especialmente depois de interpretações como a de Heath Ledger ou a de Joaquin Phoenix, pode apostar que, após esse sucesso estrondoso de bilheteria, ele deve voltar ainda mais elaborado e possivelmente terá presença mais constante a partir de muito breve.