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Crítica | The Old Guard depende muito da disposição do espectador

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Ao mesmo tempo, o cinema e a vida podem ter duas dimensões de percepção. Se no cinema existe a objetiva (que se refere à história) e a subjetiva (que está ligada em como essa história é contada), na vida não é muito diferente: existe a linha temporal da vida (aquilo que fazemos quando vivos) e há, também, o que somos em essência. É algo um tanto psicanalítico, mas, em síntese, é como o comentário que mais ecoa de Batman Begins (de Christopher Nolan, 2005): "Não é o que somos por dentro, mas o que fazemos que nos define".

The Old Guard (disponível na Netflix a partir de 10 de julho) tem, por essa perspectiva, duas camadas muito claras e ambas são, na prática, bem diferentes. Em uma primeira, há uma agonia explícita para que a história do filme seja transparente. Para isso, o roteirista Greg Rucka (que é coautor da graphic novel que dá origem) parece querer que seu trabalho seja objetivamente entendido a qualquer custo, tendo uma preocupação que, às vezes, pode soar um tanto quanto desmedida. Nesse sentido, existe uma exposição repetida que pode fazer com que o filme se arraste em alguns momentos: personagens que insistem nas mesmas colocações e a concentração talvez exagerada sobre a idade de Andy (Charlize Theron).

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Atenção! Esta crítica pode conter spoilers sobre o filme!

Andy, Nile e os seus podem remeter até mesmo aos últimos versos do Soneto de Fidelidade, de Vinicius de Moraes:

Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Canaltech