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Crítica | The Handmaid's Tale retorna com guerra entre June e Gilead

Por| Editado por Jones Oliveira | 29 de Abril de 2021 às 10h40

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Hulu/MGM
Hulu/MGM

Acaba de estrear, nos Estados Unidos, a quarta temporada da série The Handmaid's Tale, adaptação de um livro homônimo de Margaret Atwood. A trama conta a história da transformação dos EUA na República de Gilead, comandada por um regime totalitário e cristão com privação de liberdade, criação de hierarquias, misoginia e muita brutalidade. A produção se tornou renomada no mundo todo por fazer duras críticas políticas, relacionando os acontecimentos da ficção com a possibilidade de ocorrer na realidade.

The Handmaid's Tale esteia aqui no Brasil no dia 2 de maio, diretamente na plataforma de streaming Paramount+, que foi completamente reformulada neste ano, e todas as temporadas anteriores já estão disponíveis por lá. À convite do serviço, o Canaltech já assistiu aos três primeiros episódios iniciais da trama, que desta vez dá início a uma guerra da protagonista June, interpretada por Elizabeth Moss, contra Gilead. Confira o que achamos do início da nova temporada!

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Atenção: esta crítica contém spoilers de The Handmaid's Tale!

Depois de três temporadas de bastante sofrimento acompanhando a tortura que acontece em Gilead, principalmente com as mulheres e as aias, chegou a hora da série trazer um pouco de esperança para o fim deste terror. A promessa, desde a liberação dos teasers e trailers da nova temporada, é grande, deixando as expectativas para os novos episódios ainda maiores. Felizmente, se é que podemos usar essa palavra em uma trama tão cruel, as apostas de melhoria são correspondidas nos três primeiros episódios.

A missão de June de derrubar Gilead ainda está longe de ser concretizada, mas a personagem se mostra mais determinada do que nunca a não abaixar a cabeça para o seu plano. Isso não significa, no entanto, que muito sangue ainda não será derramado nesta temporada. Ainda nos episódios iniciais, vemos June entendendo que sacrifícios terão que ser tomados e que, infelizmente, muitas pessoas acabarão pagando pelas consequências de seus atos heroicos. A personagem se tornou uma heroína no Canadá, para onde enviou dezenas de crianças, 86, precisamente, mostrando ser apenas o começo da revolução.

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The Handmaid's Tale começou a nova temporada em um ritmo bastante intenso e angustiante, como não poderia deixar de ser, e empolga muito mais que a terceira temporada, que permaneceu estagnada em grande parte do tempo. Enquanto somos envolvidos por novos enredos, memórias das temporadas passadas surgem eventualmente, como o sofrimento das aias durante a cerimônia, o terror das esposas dos comandantes e o medo de ser sacrificada. Tudo isso, na verdade, se torna mais combustível para que June não desista do objetivo, o que já parece difícil de acontecer já que a personagem teve a chance de fugir, mas escolheu ficar e salvar mais pessoas.

A nova temporada de The Handmaid's Tale também traz as questões da família de June que está no Canadá, assim como a sua melhor amiga Moira (Samira Wiley), que tenta se reerguer. Enquanto muitos canadenses consideram June uma grande heroína, o próprio marido começa a questionar o motivo de ela ter optado não estar com a família para continuar o plano de dar um fim em Gilead. A trama ainda traz mais cenários de recuperação de traumas, alimentando o sentimento de esperança antes do lançamento, mostrando a difícil adaptação de crianças que foram tiradas de Gilead e não conhecem a vida fora dela.

A atuação de Elizabeth Moss está mais brilhante do que nunca, o que dispensa comentários, inclusive para outros personagens recorrentes. Mas os novos méritos vão à personagem de McKenna Grace, de apenas 14 anos, que interpreta a esposa de um dos comandantes que está ajudando a refugiar as aias. Neste novo cenário, a série reforça que não há como confiar em todo mundo, uma vez que a garota é constantemente visitada por homens com a aprovação do marido, torturada e estuprada, trazendo a pedofilia como mais uma realidade repugnante de Gilead.

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A jovem atriz consegue expor as angústias da personagem em sua excelente atuação, que mostra ter June como a sua grande inspiração. Ainda assim, pelos vários traumas sofridos em sua pouca idade, ela ainda acaba apresentando comportamentos com um pouco de crueldade, que são completamente entendidos por June após conhecer a história da garota. O terceiro episódio nos faz entender que a sua participação chegou ao fim, mas ainda há a possibilidade de que ela provoque uma grande revolta e se junte à protagonista, que mais uma vez foi capturada e está em fuga.

A quarta temporada de The Handmaid's Tale teve um início satisfatório, com episódios que mais empolgam do que provocam a revolta, até porque estamos mais do que familiarizados com o que aquelas pessoas são capazes. Enquanto sofremos com o plano de June, ao menos temos alguns momentos prazerosos da captura de Serena Joy (Yvonne Strahovski) e Fred Waterford (Joseph Fiennes) pelas autoridades do Canadá, que começaram a nova temporada em uma situação de vulnerabilidade e que nós esperamos que eles não escapem.

The Handmaid's Tale retorna no dia 2 de maio no Paramount+.