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Crítica King's Man: A Origem | Prequela entretém, mas é facilmente ofuscada

Por| Editado por Jones Oliveira | 03 de Janeiro de 2022 às 18h30

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Divulgação/20th Century Studios
Divulgação/20th Century Studios

Entre tentativas de expandir um universo já criado no cinema, há o novo King's Man: A Origem, que serve de prequela da história original protagonizada por Taron Egerton e Colin Firth em Serviço Secreto e O Círculo Dourado. Desta vez, o público é arremessado para o período da Primeira Guerra Mundial, que serve como contexto da criação da agência e pano de fundo para o desenvolvimento dos personagens principais da trama.

Há muita ousadia aqui em aterrissar num período histórico tão rico em detalhes. Abrindo espaço para uma nova dupla masculina protagonizar a franquia — o Duque inglês Orlando (Ralph Fiennes) e Conrad (Harris Dickinson), seu filho —, abre-se um leque de possibilidades baseadas em conspirações que poderiam ter ocorrido durante a Primeira Guerra, bem como motivos que levaram certos países ingressarem e saírem do conflito.

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Conhecemos aqui um duque pacifista após presenciar a morte de sua esposa e, consequentemente, prometê-la que jamais deixaria seu filho entrar numa batalha. No entanto, Conrad é apaixonado pela ideia de servir seu país em guerras, o que gera uma série de discussões ideológicas com seu pai.

King's Man: A Origem, apoiado nessa premissa, se desenvolve da mesma maneira que os dois primeiros filmes o fizeram: com o humor característico e as exageradas cenas de ação, usando e abusando do zoom e das movimentações da câmera. Isso funciona e também é o que faz com que esses momentos sejam os de maior destaque em todo o longa. A falha, contudo, é justamente a maneira que a franquia perde o fôlego na tentativa de explorar ainda mais sua história.

Há um desejo genuíno, como é de se comentar, de manter isso funcionando. Fiennes e Dickinson estão ótimos nos papéis principais e mantêm o filme girando. Suas dinâmicas, embora não tão irresistíveis como a de Firth com Egerton, funcionam bem. O mesmo acontece com Tom Hollander, que aqui dá vida a três diferentes papéis.

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Mau momento

Por mais atraente que tenha sido sua campanha promocional, King's Man: A Origem acaba sendo vítima do momento em que chega aos cinemas. A prequela entra em cartaz ainda no momento de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa e disputa fortemente a bilheteria com Matrix Ressurections. Muito disso vem por diversos adiamentos por conta da pandemia de covid-19, que acabou deixando a indústria cinematográfica sem escolhas a não ser colocar fortes estreias uma atrás da outra.

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O filme, apesar de entreter aqueles que de fato querem acompanhar sua história, acaba sendo uma opção longa, cansativa e um tanto cabeçuda devido aos detalhes históricos de seu contexto. Ainda há o detalhe que King's Man sempre tem imagens sensíveis para o público mais jovem por conta de suas cenas de ação e efeitos visuais, o que recorta um pouco seu público-alvo e o deixa ainda mais ofuscado diante de tantas outras opções.

No entanto, ainda há o que se elogiar. Com personagens tão elaborados e num período tão longíquo, cair em estereótipos de gênero e um senso comum um tanto machista era fácil, mas King's Man: A Origem os ignora com maestria. A relação entre os dois protagonistas é o mais interessante de se acompanhar nesse aspecto: retratando um amor fraternal entre dois homens sem esbarrar em masculinidade tóxica ou paradigmas sexistas.

Gemma Arterton brilha como Polly e oferece interessantes plot twists em suas aparições. A atriz está confortável e bastante confiante em seu papel, sabendo tão bem roubar as cenas em que aparece que deixa um gostinho de quero mais para o público.

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Gancho para próximos capítulos

E parece que os produtores não querem finalizar a história de Kingsman por aqui. Uma cena pós-créditos do longa deixa bem claro que, provavelmente ao observar a recepção da prequela, ainda há muito o que explorar na saga de ação. Há aquele ar de expectativas no momento em que a agência secreta é criada, mas também há outras ramificações que o longa joga na tela para atiçar a curiosidade do público. O futuro, ao que tudo indica, está nas mãos dos fãs.

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King's Man: A Origem estreia nos cinemas de todo o Brasil no dia 6 de janeiro de 2022; garanta o seu ingresso na Ingresso.com. Os demais filmes da franquia estão disponíveis no catálogo do Star+.