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Crítica Emily em Paris | 2ª temporada mantém consistência e se leva mais a sério

Por| Editado por Jones Oliveira | 23 de Dezembro de 2021 às 22h00

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Em outubro de 2020, a Netflix lançou uma de suas séries que mais dividiriam opiniões ao longo dos próximos meses. Com a chegada de Emily em Paris ao catálogo, os assinantes do serviço que assistiram à produção ficaram divididos entre os que odiaram e os que acharam a trama um dos melhores escapismos do mundo.

Emily em Paris, de fato, é uma série que foi feita para se desligar do mundo e curtir sensações que nos fazem esquecer de como é o mundo real. No entanto, a tentativa de fazer isso foi tamanha que muitas características do enredo se tornaram incômodas, como o fato de Emily ser uma pessoa que espera ver o mundo se adaptando a ela mesma.

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Atenção: esta crítica pode ter spoilers da segunda temporada de Emily em Paris!

Críticas foram ouvidas?

Com a chegada da segunda temporada de Emily em Paris, portanto, a maior expectativa era a de que a trama sustentasse as características dessa personagem, deixando os episódios ainda mais irritantes que os anteriores. Porém, não foi bem isso o que aconteceu. A nova temporada da série mantém a sua consistência, nos mostrando uma protagonista viciada em trabalho, que gosta de se vestir de forma extravagante e que, como todos os seres humanos, é uma pessoa que erra e dificilmente aprende com esses erros.

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No entanto, surpreendentemente, os episódios nos mostraram que as críticas podem ter sido ouvidas. Apesar de a temporada continuar a partir dos últimos momentos da anterior, Emily já se mostra uma pessoa mais madura, não só ao tentar consertar os problemas que causou da melhor forma possível, como se dedicando a finalmente se esforçar para aprender francês. Nos primeiros episódios, vimos que a personagem parecia não entender que nem todo mundo fala inglês, e que saber falar o idioma de onde se está vivendo é essencial.

A série, inclusive, apostou ainda mais nos diálogos em francês entre os próprios franceses, e não fazendo eles conversarem em inglês sem qualquer necessidade. Outra mudança nítida é vista na tentativa de consertar os estereótipos da França, mas dessa vez fazendo piadas com os norte-americanos, ainda que singelas.

Rindo com Emily e não da Emily

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Tudo parece mais do mesmo até o terceiro episódio, mas é no quarto que Emily em Paris se transforma e mostra maior amadurecimento. Além da protagonista se levar mais a sério, a trama consegue desenvolver melhor outros personagens, que talvez em mais uma temporada consigam se desvencilhar de Emily e criar suas próprias narrativas.

A série também consegue ser cômica de verdade, e não nos fazendo rir da protagonista e seus caprichos. Ainda que a cena do champagne e o dedo, por exemplo, pareça ter sido forçada e bastante previsível, consegue nos tirar algumas risadas. Outros personagens secundários, como Mindy (Ashley Park) e Julian (Samuel Arnold) também trazem bons momentos de humor à série, mostrando que nem tudo precisa ser sobre Emily.

A trama acaba mantendo a sua característica de ser uma série de humor ao não se aprofundar demais nas questões mais sérias, como nas brigas de Emily com Camille (Camille Razat), por exemplo, e não transformando a traição dupla com Gabriel (Lucas Bravo) em uma grande questão.

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Amadurecimento

Ainda que as indicações às premiações mais importantes do mundo não tenham sido justificadas nessa temporada, é bastante nítido o quanto a série criada por Darren Star evoluiu. As características de Star passam a ser mais notadas, uma vez que o ridículo foi ficando a cada vez mais de lado. As roupas extravagantes e as longas caminhadas de Emily usando salto alto ainda estão ali, assim como acontece em Sex and the City e And Just Like That, mas a trama passou a ser mais do que sentir vergonha alheia.

Esquecendo completamente a pandemia da covid-19, Emily em Paris nos traz a história dentro de como o mundo era antes de 2020, fazendo jus às tentativas de escapismo. Com histórias mais bem desenvolvidas e uma protagonista mais madura, podemos nos jogar a essa fuga da realidade sem qualquer outro tipo de pensamento. Afinal, nem toda série ou filme precisa trazer grandes reflexões de vida, ou ainda ganhar um Oscar e um Emmy, mas podem apenas servir como um bom entretenimento, no melhor significado da palavra.

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Emily em Paris está disponível na Netflix em duas temporadas.