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Crítica Amor, Sublime Amor | Remake do musical se mostra mais atual do que nunca

Por| Editado por Jones Oliveira | 25 de Março de 2022 às 20h00

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20th Century Fox Film Corporation
20th Century Fox Film Corporation

Em 1961, um musical da Brodway de 1957 foi adaptado para os cinemas: Amor, Sublime Amor (também conhecido pelo título original West Side Story). Em 2021, uma nova versão foi lançada, desta vez sob direção de Steven Spielberg.

O filme, que concorre ao Oscar nas categorias Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Ariana DeBose), Melhor Direção, Figurino, Som, Fotografia e Design de Produção, é o primeiro musical da já consolidada carreira do diretor, que agora encanta ao contar uma história antiga e choca ao mostrar que pouco mudou.

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Atenção: esta crítica pode conter spoilers de Amor, Sublime Amor!

História trágica, do começo ao fim

A história de Amor, Sublime Amor é trágica e não tem final feliz. Duas gangues, uma norte-americana e outra porto-riquenha, se enfrentam nas ruas de Nova York. A comunidade latina, como sempre aconteceu nos Estados Unidos, é perseguida diariamente até os dias atuais.

Comentários como "não fale em espanhol" ou "volte para o seu país" são comuns na vida de uma pessoa latina no país norte-americano, independente se ela nasceu lá ou não. A história do longa se passa em 1957, quando as coisas eram piores e ainda mais violentas, e pouco se falava sobre essa conscientização. Curiosamente, ou não, Porto Rico é um território que pertence aos EUA, mas mesmo assim ainda sofre repressão.

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Mas o musical fala sobre amor e um relacionamento que era impossível por todas essas questões perigosas. Ela, latina e irmã de um membro da gangue Sharks; ele, do Jets, uma gangue de homens brancos. Na nova versão do filme, María é interpretada por Rachel Zegler, e Tony por Ansel Elgort, que interpretam uma versão mais moderna da história de Romeu e Julieta, adaptada para as ruas, o que comprova o enredo extremamente trágico.

Visual, música e elenco

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Amor, Sublime Amor conta com uma direção impecável de Steven Spielberg, o que não é de se estranhar, e se torna ainda mais atrativa pelos trabalhos visuais Enquanto os latinos exploram as cores mais quentes e cheias de vida, os norte-americanos aparecem em tons mais sóbrios, frios, como se fosse uma representação dos sentimentos negativos não só em relação aos seus rivais, como também a indivíduos de diferentes etnias.

Muitos dos conflitos entre gangues acontecem à noite, o que acaba trazendo diversas cenas bastante escuras para o musical e transformando a história em algo sombrio, como um prelúdio para o que acontecerá no final. As ruas de Nova York são muito bem representadas no filme, e é impossível não reconhecê-las, a não ser que você nunca tenha assistido a algum filme estadunidense na vida.

A qualidade musical também impressiona, como se estivéssemos assistindo a uma produção da Brodway pessoalmente. A voz de Rachel se sobressai à de Elgort, mas ainda assim elas se completam.

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Os coadjuvantes também entregam seus shows à parte nas cantorias, como Anita (DeBose) e Bernardo (David Alvarez), se jogando em grandes performances musicais que nos fazem bater os pés no chão ou os dedos na mesa no ritmo da música.

Prato cheio para fãs do gênero

Amor, Sublime Amor é um prato cheio para os fãs de musicais e ainda traz a atuação extraordinária de Rita Moreno, uma das atrizes latinas mais reconhecidas nos Estados Unidos. Sua participação no longa firma a importância de cubanos, mexicanos, colombianos, porto-riquenhos e outras nacionalidades para a cultura e política do país.

Ainda que seja uma obra que traz seus estereótipos, mostra que divisões sociais e de raça ainda existem e precisam ser combatidas.

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Amor, Sublime Amor está no catálogo do Disney+.