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Compartilhamento de senhas gera prejuízo de US$ 400 milhões para a Netflix

Por| 14 de Julho de 2017 às 12h58

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Compartilhamento de senhas gera prejuízo de US$ 400 milhões para a Netflix
Compartilhamento de senhas gera prejuízo de US$ 400 milhões para a Netflix
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Muita gente utiliza a Netflix, mas nem todos pagam pelo serviço, já que o compartilhamento de senhas entre familiares e conhecidos é uma prática bastante comum. E esse é um comportamento que gera prejuízos de US$ 400 milhões para a empresa em assinaturas que poderiam existir, mas não são realizadas.

Na verdade, não existem perdas envolvidas no processo, mas a companhia está deixando de ganhar. A conclusão é de uma pesquisa da Reuters, que mostrou que 12% dos usuários da plataforma utilizam contas de terceiros. Esse número fica ainda maior quando se segmenta por faixa etária, com 21% dos jovens entre 18 e 24 anos “emprestando” a Netflix para amigos e conhecidos.

É uma noção que se expande por outros serviços de streaming, como Spotify, Hulu e HBO Go. Entretanto, a perda de assinantes para a Netflix é maior justamente por sua popularidade. A estimativa é que cerca de 6% da audiência total do serviço, apenas nos Estados Unidos, seja composta por senhas emprestadas.

Os próprios serviços, entretanto, não parecem muito preocupados com isso. Assim como a Netflix, muitos deles possuem sistemas de perfis voltados justamente para o compartilhamento, permitindo que mais de uma pessoa utilize a mesma conta, muitas vezes ao mesmo tempo. Entretanto, existem limites e é aqui que estão as perdas, já que muitos assinantes não os respeitam.

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A Netflix, por exemplo, usa um sistema de “telas” que indica a quantidade de dispositivos em que conteúdo pode ser reproduzido simultaneamente. Os usuários podem criar quantos perfis quiserem, mas no pacote mais barato, que custa R$ 19,90 por mês, só é possível assistir em um aparelho por vez. No mais caro, de R$ 37,90, são quatro. Caso o limite seja ultrapassado, quem chegar por último não pode conectar.

Os assinantes que emprestam suas contas, entretanto, se organizam em relação a isso. Não ajuda muito, também, o fato de os planos com maior qualidade, preferidos por muitos clientes que possuem televisores de alta definição ou celulares de tela grande, também garantirem a exibição em mais telas, fazendo com que a restrição, muitas vezes, nem seja um problema. Alguns chegam até mesmo a dividir o preço da mensalidade, paga por apenas um deles.

O sistema, originalmente, foi imaginado para que moradores de uma mesma residência pudessem utilizar a mesma conta, mas sem que interferissem no sistema de recomendação uns dos outros. Os termos de uso proíbem a transferência de assinatura para terceiros e também o compartilhamento de senhas, mas a companhia não toma nenhum tipo de ação com relação a isso.

E, mesmo com toda essa divisão de contas, a Netflix continua crescendo. A perspectiva para o segundo trimestre deste ano, cujos números ainda não foram revelados pela plataforma, é de um crescimento de 31% nas assinaturas e de um faturamento de US$ 2,8 bilhões. A companhia não parece preocupada, mas no futuro, caso esse ritmo enfraqueça, pode acabar tomando atitudes como uma forma de inflar sua base de usuários.

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Essa, inclusive, é uma constatação da pesquisa. Quando perguntados sobre o que fariam caso a Netflix impedisse o compartilhamento de contas, mais de um quarto dos usuários de contas “emprestadas” afirmou que passaria a pagar pelo serviço para continuar a ter acesso a seus conteúdos. Esse total é inferior nas plataformas concorrentes.

Fonte: Reuters,