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Chefe de Guerra é um drama histórico? Entenda a trama das ilhas havaianas

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Divulgação/Apple TV+
Divulgação/Apple TV+

Lançada em 1º de agosto no Apple TV+, Chefe de Guerra é a nova série do streaming que vem dando o que falar.

Criada pelo produtor Thomas Paʻa Sibbett e pelo ator Jason Momoa, ambos cineastas de ascendência havaiana – Momoa também atua como protagonista da trama –, o show é um drama baseado em um momento histórico real, que retrata a unificação e colonização das ilhas havaianas no início do século XIX.

Qual é a verdadeira história por trás da série?

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Arquipélago composto por oito grandes ilhas vulcânicas, além de atóis e ilhotas no Oceano Pacífico, as ilhas havaianas têm mais de 16 mil quilômetros de extensão, constituídos na sua maior parte pelo Havaí – hoje o único estado americano situado em um arquipélago e sem conexão geográfica com a América do Norte.

Até o começo do século XIX, no entanto, essas ilhas eram povoadas pelos polinésios, grupos indígenas que habitavam a região e passavam por tribos como maoris, samoanos, taitianos e tonganeses. Uma pluralidade de vozes que, embora compartilhassem algumas práticas culturais entre si e a mesma raiz linguística, eram muito diferentes, vivendo em guerra devido a recursos naturais e a questões ligadas à religião e cultura.

Governadas separadamente, as ilhas havaianas permaneceram assim, portanto, por vários anos, até que em 1795 o líder Kamehameha I deu início a um processo bastante árduo de unificação da região. Uma tentativa de centralizar seu poder que só foi finalizada em 1810, quando a última ilha resistente, Kauai, também se submeteu ao poder de Kamehameha.

Na época, a mudança instituiu finalmente a monarquia nas ilhas havaianas, com Kamehameha I tornando-se um conhecido modernizador do território. Não à toa, ainda que tenha falecido pouco depois, em 1819, o primeiro rei havaiano é lembrado até hoje na cultura popular das ilhas por manter a soberania local por décadas (o Havaí tornou-se um território estadunidense apenas em 1900) e instaurar um sistema de mercado livre na região.

Como Chefe de Guerra se situa no conflito histórico?

Dividida em nove episódios lançados semanalmente no streaming, Chefe de Guerra é nada menos do que a história desse processo de unificação entre as tribos polinésias. Uma narrativa épica que conta com o diferencial de ser mostrada pela perspectiva dos próprios indígenas.

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Na série do Apple TV+, Jason Momoa dá vida a Ka'iana, um guerreiro havaiano que após anos afastado retorna ao Maui, sua terra natal, e encontra aquele que um dia foi seu lar envolto em conflitos sangrentos com o Havaí, Oahu e Kaua'i.

Convocado por uma antiga profecia, ele se une ao rei Kamehameha I na missão de unificar esses reinos, enfrentando para isso grande resistência entre os nativos e embarcando em uma campanha sangrenta que testa suas próprias convicções sobre o que está fazendo.

Também baseado em uma figura histórica, Ka'iana, o papel de Momoa, foi um guerreiro nativo que entendia bastante da política local, mas que ficou especialmene famoso por ser um dos principais aliados do rei, que tomou uma decisão controversa em meio aos conflitos de unificação da época.

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Um momento crucial da história havaiana que vem sendo contado com muita emoção e ação na série do Apple TV+, e que é especialmente caro para o ator e para o co-criador do show, Thomas Paʻa Sibbett.

“Esta é a nossa linhagem. Se errarmos, não voltaremos para casa. Há muito em jogo para acertar a autenticidade", chegou a dizer Momoa em entrevista à Time.

Qual é a avaliação dos críticos sobre a produção?

Com quatro episódios lançados e outros cinco a caminho, chegando um a cada sexta-feira no Apple TV+, Chefe de Guerra tem sido muito bem recebida pela crítica especializada.

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No Rotten Tomatoes, o seriado alcançou até o momento 93% de aprovação dos especialistas, enquanto no Metacritic ele teve nota 71 com base em 24 avaliações.

“Impressionante, histórica e com grande atenção aos detalhes, esta série é sobre a ganância dos homens, uma obsessão esmagadora por poder e a brutalidade da guerra”, escreveu Aramide Tinubu da Variety.

Terry Terrones, jornalista da Paste Magazine, também foi só elogios ao show.

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"Chefe de Guerra é um épico impressionante e culturalmente rico, e o melhor trabalho de Momoa até hoje. Mal posso esperar pela segunda temporada", pontuou em sua crítica.

Até o momento com nota 7,6 no IMDb e sem uma segunda temporada confirmada, embora seus criadores já tenham expressado interesse em continuar o show, Chefe de Guerra pode ser assistida no Apple TV+. A season finale da produção vai ao ar em 19 de setembro de 2025.

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