Brasil tem terceira assinatura da Netflix mais barata do mundo
Por Felipe Demartini | 14 de Setembro de 2018 às 10h15
Estamos acostumados a ver o Brasil na outra ponta deste espectro, mas, desta vez, felizmente, é diferente. De acordo com um levantamento feito pela consultoria Comparitech, nosso país tem a terceira assinatura da Netflix mais barata do mundo, tanto em valor absoluto quanto em custo-benefício, um fator que levou em conta a quantidade de títulos disponíveis.
O estudo leva em conta o valor dos planos mais básicos oferecidos pela plataforma de streaming e converte estes preços para dólar a uma cotação de aproximadamente R$ 3,71, no nosso caso. O resultado é uma assinatura nacional que custa cerca de US$ 5,36, suficiente para nos colocar na terceira posição do pódio, atrás apenas da Turquia, a mais barata, com um custo de US$ 3,27 ao mês, e Argentina, com US$ 4,72.
Para mensurar o custo-benefício, a Comparitech levou em conta a relação entre valor pago e total de títulos disponíveis para entender exatamente quanto cada um deles custa para o consumidor. Novamente, o Brasil ficou em terceiro lugar, com mais de 3,9 mil filmes, séries ou outras atrações em sua biblioteca, a um custo de US$ 0,0014 por cada “ingresso”, se é que podemos chamar assim.
Ao contrário do que acontece com o preço absoluto, os valores, aqui, são mais aproximados. Na primeira colocação está o Japão, com 5,9 mil opções a um valor de US$ 0,0010 cada, enquanto o Canadá vem na vice-liderança, com 5,4 mil títulos a US$ 0,0013. O nosso país, ainda, aparece empatado com os Estados Unidos na marca dos US$ 0,0014, mas o catálogo norte-americano tem mais atrações disponíveis — 5,7 mil por um valor mais alto para a assinatura básica.
Isso pode ser explicado além do fato de o país ser a sede da companhia — é lá, também, o centro dos projetos de expansão da Netflix. Com mais de 5,7 mil títulos e uma das bibliotecas mais completas do mundo, entretanto, os EUA nem mesmo aparecem na lista dos dez mais quando o assunto é o custo-benefício por atração.
Na outra ponta dessa lista está a Dinamarca, com a mensalidade mais cara do mundo, saindo por US$ 12,37. O país ficou à frente da Groenlândia e Ilhas Feroe devido à quantidade de títulos, uma vez que os preços nos três territórios são exatamente os mesmos. A região nórdica também aparece com o pior custo-benefício, sendo a Noruega a maior perdedora nesse sentido, com 3,3 mil títulos disponíveis a um valor de US$ 0,0033 cada um.
Como dito, os valores levam em conta os planos mais básicos, que dão direito a apenas uma tela e resolução convencional, não chegando nem mesmo a HD. Por conta disso, muitas vezes os clientes acabam optando por pacotes mais altos, que elevam o preço e poderiam mudar a aparência dos gráficos. De acordo com os dados da Netflix, cerca de 30% de sua base de clientes é assinante da versão Premium, com resolução 4K e direito a transmitir em até quatro displays ao mesmo tempo.
Fonte: Comparitech