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Aquaman 2 | Conheça o Reino Perdido de Necrus e seu papel no novo filme da DC

Por| Editado por Jones Oliveira | 04 de Outubro de 2022 às 18h00

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Reprodução/James Wan
Reprodução/James Wan
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Um dos grandes mistérios do vindouro Aquaman e o Reino Perdido não é só quando o novo filme do herói que fala com peixes vai chegar ao cinema — um enigma que os fãs mais sensatos já desistiram de tentar decifrar depois de tantos adiamentos. O grande ponto do novo longa estrelado por Jason Momoa está no próprio título: o que diabos é o tal reino perdido que muita gente especula ser Necrus, a Cidade Negra?

A possibilidade de ser a misteriosa cidade submarina surgiu após o próprio diretor James Wan publicar uma foto durante as gravações mostrando que esse era o título provisório da sequência. E não demorou nada para que o pessoal juntasse as pontas. O problema é que, como boa parte das coisas relacionadas ao Aquaman, essa é uma parte da história do personagem que quase ninguém conhece.

Só que, mesmo assim, a Cidade Negra parece se encaixar perfeitamente no que o Universo Cinematográfico Estendido da DC (DCEU, na sigla em inglês) construiu para o herói submarino. Até porque, com Momoa no papel principal, o filme vai precisar de uma ameaça à altura para representar algum perigo.

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O que é Necrus

Se você caiu de paraquedas — ou mergulhou de bombinha, para ser mais preciso — nessa história toda, não precisa se assustar. Como dito, a história de Necrus é bastante desconhecida até mesmo de boa parte dos leitores de quadrinhos, aparecendo em quadrinhos mais antigos do personagem. Por isso mesmo, é uma ótima pedida para os cinemas.

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Nas HQs, a Cidade Negra aparece pela primeira vez em Aquaman #30, lançada originalmente em 1966 e que se chamava nada menos do que A Morte do Aquaman. Já nessa história, é revelado que se trata de um local submarino semelhante a Atlântida, mas com uma particularidade bem própria. Ao contrário do reino do herói, ela tinha uma existência meio mística e só aparecia de tempos em tempos no fundo do mar.

Isso porque Necrus existia na interseção de dois planos da existência. Em uma maluquice bem típica dos gibis dessa época, é explicado que ela só aparecia em nosso mundo quando um satélite alienígena entrava na órbita da Terra. Isso ativaria um portal dimensional que revelaria a Cidade Negra em nosso mundo. Por essa razão, inclusive, ela nunca aparecia no mesmo local, mas em pontos diferentes do planeta.

Parece algo bem bizarro e até difícil de imaginar sendo adaptado para os quadrinhos, mas que se encaixa perfeitamente com o que a Warner apresentou para Aquaman até aqui. No filme de 2018, é falado sobre a existência de sete reinos submarinos — um para cada mar —, mas são apresentados somente seis. Assim, o título Reino Perdido passa a fazer muito mais sentido.

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Um novo vilão

E é claro que a chegada desse reino misterioso acarreta também no surgimento de um vilão à altura do Aquaman. Já na apresentação de Necrus, os quadrinhos introduzem também seu tirano governante Mongo.

O nome é terrível, é verdade, mas ele representa uma ameaça interessante não apenas ao herói, mas também ao mundo como um todo. Isso porque, assim como boa parte dos vilões de personagens submarinos — incluindo aí o Namor, da Marvel —, ele odeia o povo da superfície e volta e meia arquiteta ataques contra eles. Nada muito original, é verdade.

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Só que há alguns detalhes que podem virar grandes diferenciais em Aquaman e o Reino Perdido caso seja bem adaptado. Até porque algumas histórias incluem um componente político nessa relação toda, ora tentando uma aproximação com Atlântida, ora transformando todo esse ódio do vilão em uma discussão sobre preconceito e xenofobia.

O que a DC fez foi transformar Necrus em uma sociedade altamente militarizada comandada por esse rei de postura altamente bélica. Só que, mais do que isso, Mongo tem uma visão bastante supremacista dos povos submarinos que, se bem trabalhado, pode render uma ótima história no DCEU.

Isso porque o personagem acredita que os oceanos pertencem àqueles que são capazes de respirar embaixo d’água e que o povo da superfície não só é inferior como também uma invasora de seus domínios. E seria essa visão deturpada que justificaria seus ataques e uma eventual tentativa de invasão.

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Essa característica já apareceu algumas vezes nas HQs. Já em sua estreia, o exército de Necrus atacou uma base avançada humana que tentava colonizar uma área do fundo do mar — o que revoltou Aquaman e fez o herói declarar guerra contra o vilão. Em seguida, Mongo tentou forjar uma aliança com o reino do herói justamente para criar um grande exército capaz de subjugar a superfície — mas não encontrou apoio.

Necrus e Mongo em Aquaman e o Reino Perdido

O grande ponto é que, até agora, não sabemos como Necrus vai ser retratada e muito menos qual deve ser o papel de Mongo. Na verdade, não sabemos absolutamente nada de Aquaman e o Reino Perdido, já que a Warner vem sendo bastante misteriosa em relação à divulgação do filme.

De oficial até agora, apenas que teremos o retorno de alguns personagens, incluindo os vilões Mestre dos Oceanos (Patrick Wilson) e Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II) vão retornar. O primeiro deve se aliar ao Aquaman de Jason Momoa enquanto o Arraia deve desempenhar um papel de maior destaque do que no longa original.

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Por isso mesmo, torna-se uma grande incógnita como a Cidade Negra e seu tirano vão ser retratados. Até agora, nenhum ator foi escalado para o papel de Mongo e tudo o que sabemos sobre o reino veio a partir do título provisório divulgado por Wan.

Ainda assim, o título e a dica deixada pelo diretor sugerem que Necrus vai mesmo aparecer e isso leva a uma série de suposições sobre a trama. Caso a ideia do reino que aparece de tempos em tempos seja mantida, ela pode ser usada para criar essa ideia de antiga ameaça que é nova tanto para o público quanto para o próprio protagonista.

Vale lembrar que o Aquaman assumiu o trono de Atlântida há pouco tempo e depois de relutar muito, então ver o sétimo reino dos mares ressurgir assim de repente pode ser um bom desafio para o recém-empossado monarca. Isso justificaria, inclusive, a necessidade do protagonista se aliar ao seu meio-irmão — afinal, Orm conheceria o perigo que a Cidade Negra representa.

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E embora a ideia de um vilão que quer destruir a superfície seja já bastante repetitiva, pode ser que a ideia de Mongo ser um defensor dessa ideia da raça pura e desprezar os humanos crie um ponto de atrito com o próprio herói. Como Arthur Curry é meio atlante e meio humano, isso pode ser usado como ponto de oposição do vilão, que vê no novo rei de Atlântida alguém indigno.

Restam ainda algumas dúvidas no ar, como o próprio papel do Arraia Negra nessa briga toda. Ainda assim, levando em conta que a Warner não falou absolutamente nada do filme até agora, o pouco que a gente especula já é um bom palpite.

Se nada mudar mais uma vez, Aquaman e o Reino Perdido chega aos cinemas dia 25 de dezembro de 2023.