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Como startups brasileiras lidam com retenção de seus profissionais de TI

Por| Editado por Claudio Yuge | 17 de Fevereiro de 2022 às 11h00

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Envato / Rawpixel
Envato / Rawpixel

A pandemia de covid impactou o mercado de tecnologia da informação, gerando uma demanda pela retenção de profissionais de TI. Como o trabalho remoto prosperou no mundo todo, muitos que sabem inglês não viram mais sentido em trabalhar no Brasil, pois podiam ganhar melhor no exterior e morando no seu país de origem. As empresas nacionais tentam reverter trazendo mais vantagens, como regimes híbridos de trabalho e programas de incentivos.

A carência de TI deve ser de mais de 408 mil postos de trabalho neste ano, de acordo com a Softex, uma organização social que integra o Projeto TechDev Paraná. Mas o déficit é antigo, e provocou perdas acumuladas entre 2010 e 2020 que alcançam os R$ 167 bilhões.

Entre os impactos disso são a “juniorização” de posições estratégicas, alta taxa de rotatividade, “pejotização” e baixa produtividade, principalmente em casos de profissionais trabalhando para duas empresas ao mesmo tempo.

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Luiz Mariano, sócio da consultoria Flow, apontou soluções em reportagem ao Canaltech, como ofertar um salário fixo em vez de bônus ou ações (no caso de uma pequena empresa); investir em locais de trabalho com melhores condições tecnológicas; políticas e procedimentos claros de liderança e estrutura organizacional; e envolver gente de tecnologia na busca e mapeamento de bons profissionais no mercado.

Exemplos práticos de retenção de profissionais de TI

A startup Freto desde a sua criação, em 2019, optou por um modelo híbrido de composição da equipe: além dos profissionais contratados, terceiriza serviços de uma fábrica de softwares a distância. Desloca apenas profissionais seniores para algumas tarefas em seu escritório. E seus contratados são geralmente de nível sênior.

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Já o banco recifense Zro Bank está aproveitando a falta de oportunidades para programadores que queiram explorar blockchain e criptoativos no Brasil. Neste ano, deve oferecer um programa de ações para os que desejarem investir nessa área.

André Aziz, chefe de tecnologia do Zro Bank, evita terceirizar a equipe. “O problema da terceirização é que o conhecimento fica com as prestadoras de serviço. Por isso, estamos planejando iniciar, em breve, movimentos importantes para atrair e reter esses talentos. Eles não querem apenas benefícios e salários”, comentou.