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Aumento em ataques cibernéticos leva Portugal a recrutar mão de obra no Brasil

Por| Editado por Claudio Yuge | 16 de Fevereiro de 2022 às 20h40

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O combate às invasões digitais em Portugal precisa de mais mão de obra especializada. Sofia Santos, gerente de tecnologia da informação na empresa de recrutamento Michael Page, estima que são necessários, no mínimo, mais de mil profissionais apenas na região Norte do país.

Com ataques cibernéticos frequentes, a situação vai além das falhas nos sistemas de grandes empresas. “Lidamos com clientes da área privada, mas imagino que o governo também precise de profissionais, porque a escassez é geral”, diz Sofia.

Ela conta que, com vagas sobrando na área, iniciou o recrutamento de brasileiros. O Brasil tem sido um mercado para captação de talento especializado no setor. “Tenho entrevistado pessoas do Brasil, principalmente de Rio de Janeiro e São Paulo. Eles têm conhecimentos interessantes, que podem se enquadrar em projetos de segurança ofensiva.”

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Na segurança ofensiva, as empresas recrutam hackers éticos para testar a proteção de sistemas. “Os sistemas bancários e do mercado financeiro estão protegidos, mas as outras áreas, nem tanto”, destaca. “As universidades já começam a dar espaço para esses cursos, mas os profissionais no mercado ainda são poucos.”

Pedro Adão, do Departamento de Engenharia Informática do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, diz que faltam profissionais em todo o mundo, inclusive no Brasil. “As empresas portuguesas podem buscar profissionais brasileiros, mas isso não significa que existem em abundância no Brasil.”

Ataques em Portugal em 2022

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Em Portugal, o primeiro alvo dos ataques cibernéticos em 2022 foi o grupo Imprensa, que controla o jornal Expresso e a emissora de TV SIC. Os criminosos, que seriam os mesmos que invadiram o site do Ministério da Saúde brasileiro, invadiram os sites no início de janeiro.

No fim de janeiro foi a vez do site do Parlamento: o sistema foi atacado e ficou fora do ar. Além disso, houve invasão dos sites jornalísticos da Cofina, outro grupo de comunicação do país.

Já em fevereiro, os alvos foram a companhia telefônica Vodafone e os laboratórios de análises clínicas Germano de Sousa — responsáveis por grande parte dos testes realizados em Portugal para detectar a covid-19. Milhares de clientes e pacientes foram afetados.

Fonte: O Globo