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Raia Drogasil | rede de farmácias compra mais três startups

Por| Editado por Claudio Yuge | 27 de Dezembro de 2021 às 21h20

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Divulgação/Raia Drogasil
Divulgação/Raia Drogasil

A rede de farmácias Raia Drogasil investiu em três startups na semana passada por meio de sua empresa de capital de risco, a RD Ventures, de acordo com o site Brazil Journal. As aquisições foram de 100% das operações da Amplimed e 12,5% da Conecta Lá, ambas catarinenses, e de 6% da paulista Labi Exames. Nas duas últimas, a rede tem a possibilidade de aumentar sua participação no futuro. Os valores das transações não foram divulgados.

A Raia Drogasil é dona das redes Drogasil, Droga Raia e Onofre, e nos últimos anos se diz empenhada em criar um novo modelo de farmácia associado à inovação. No entanto, o conglomerado tem levantado alertas por sua prática constante de solicitar o número do CPF de seus clientes em troca de descontos em certos produtos.

A Amplimed é um sistema de gestão para médicos que atende mais de 20 mil profissionais de saúde e 3 mil clínicas brasileiras. A compra ocorreu com o objetivo de fortalecer a Vitat, plataforma de saúde e bem estar da Raia Drogasil. Ela servirá como repositório de dados pessoais de pacientes, além de permitir a criação de um marketplace de serviços médicos, com agendamento de consultas presenciais ou online.

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A Vitat foi lançada há seis meses como fruto da aquisição da Tech.fit, empresa paulista que por sua vez cuidava de apps de saúde como o Tecnonutri e o Workout.

A Labi Exames é um laboratório de análises clínicas e vacinas. Seu financiamento também visa a agregar valor ao Vitat, que poderá vender exames a seu público e criar futuros hubs de saúde dentro das farmácias da rede, com a possibilidade de fazer exames de sangue, por exemplo.

Já o investimento na Conecta Lá, segundo a Raia Drogasil, é para melhorar o marketplace de produtos do grupo, lançado este ano. A startup desenvolveu uma solução de que permite que os vendedores gerenciem melhor sua operação, com soluções de cadastro e gestão do inventário, logística e pagamentos.

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Tratamento de dados em xeque

Em junho, a prática da Raia Drogasil de solicitar o número do CPF em troca de descontos escalou para pedidos de impressão digital. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) notificou o grupo na ocasião, e a biometria parou de ser coletada, mas o CPF ainda é motivo de pergunta dos atendentes nas farmácias da rede até hoje.

Tanto o CPF quanto a biometria se classificam na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) como dados pessoais. Sua coleta e tratamento por parte de empresas e entidades públicas só é possível após o consentimento do portador do dado. Desde dezembro de 2020, a lei estadual 17.301/2020 proíbe a coleta de CPF para oferecer promoções em São Paulo; no entanto, ela depende de um novo decreto do governo para ser executada, que ainda não foi criado.

A Raia Drogasil e seu fundo de startups RD Ventures são donos da Univers, programa de benefícios com descontos em remédios comprados na Raia para funcionários de empresas; do programa de fidelidade Stix, em parceria com o Grupo Pão de Açúcar; da Manipulaê, marketplace de farmácias de manipulação, onde o cliente envia a prescrição e recebe as melhores cotações em até uma hora; e a Heartbit, solução de big data com informações de mais de 1 milhão de pessoas. O objetivo desta última, diz a empresa, é reduzir sinistro de planos de saúde por meio de análises de dados.

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Fonte: Brazil Journal