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Oriente, empresa do criador do Skype, é uma das maiores fintechs da Ásia

Por| 30 de Novembro de 2018 às 08h18

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Oriente
Oriente

O fundador do Skype, Geoff Prentice, tem uma nova empresa chamando a atenção no sudeste asiático. A Oriente é uma fintech com base em Hong Kong e que acabou de receber um aporte de US$ 105 milhões (cerca de R$ 358 milhões).

Em entrevista ao TechCrunch, Prentice conta que criou a empresa em 2017 junto com Hubert Tai, criador da empresa unicórnio Dang Dang, e o investidor Lawrence Chu. Os três se conheceram logo depois da venda do Skype para o eBay por conta de investimentos semelhantes.

Com isso, eles montaram a Oriente, uma empresa voltada a crédito e produtos para o mercado financeiro asiático. Somente pela localização, eles já chamaram atenção: a estimativa é de que o mercado financeiro na região triplique nos próximos seis anos, com mais de 650 milhões de clientes em potencial.

Tamanho potencial tem uma explicação: grande parte da população ainda não tem acesso a contas bancárias. Segundo dados do Banco Central das Filipinas, país onde eles pretendem atuar, 77% das pessoas não têm nenhum contato com bancos, tampouco contas correntes ou poupança. Destes, 60% disseram que não abrem uma conta pela simples falta de dinheiro.

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Atualmente, a Oriente atua, além das Filipinas, também na Indonésia. Ainda, há planos de uma segunda expansão para o Vietnã, ainda sem data para acontecer.

Prentice explica que a proposta surgiu depois que ele viu uma pesquisa da Google que informava que a população do sudeste asiático na internet era maior que o número de habitantes dos EUA. Ainda, outras pesquisas mostravam um boom da classe média naquela região, indicando que havia espaço para o crédito local.

Para chegar a esses consumidores, a empresa colocou vendedores em shoppings e ofereceu cursos gratuitos para ensinar usuários como trabalhar com o sistema financeiro, fazer compras digitalmente e aproveitar sistemas de cash back.

Atualmente, a empresa já conta com 1.200 funcionários e sete escritórios espalhados pela Ásia. Em Xangai, por exemplo, há um prédio com mais de 200 pessoas, primordialmente engenheiros. A expectativa é de que o serviço alcance milhões de usuários nas três regiões em que pretende atuar, mas a Oriente não abre os números atuais.

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Além dos mecanismos de oferta de crédito e construção de confiança na região, a fintech também tem engenheiros focados em criar sistemas voltados para o combate a fraudes na região. Os dois temas, segundo Prentice, estão intimamente atrelados para o sucesso do negócio. Ou seja, quanto mais conseguir combater fraudes, mais eles conseguirão confiança do mercado.

Outro problema na região é o concorrente Ant Financial. A fintech também oferece crédito para o sudeste asiático e é afiliada à Alibaba, a maior empresa do continente e um do líderes mundiais do e-commerce. Além da Ant Financial, também estão no páreo a Grag, empresa que adquiriu as operações da Uber na região e que já ofereceu um serviço financeiro semelhante; e a Go-Jek, que é encabeçada por empresas de investidores. Ou seja, é um mercado ainda em alta competição para fintechs.

Atualmente, a Oriente atua com dois apps. O primeiro é um programa de pagamentos chamado Cashalo, que oferece cupons, retornos e facilidades de pagamento com carteira digital. O segundo é o Finmas, produzido para negociações e gerenciamento de empréstimos sem fiança e com promessa de juros baixos. Juntos, os dois apps têm mais de 600 mil downloads na Google Play.

Fonte: Oriente, GoogleBSP, TechCrunch