Magazine Luiza dá 10 mil bolsas para mulheres vítimas de violência
Por Márcio Padrão • Editado por Claudio Yuge |
O Magazine Luiza lançou nesta terça-feira (8), em meio ao Dia Internacional da Mulher, um programa de qualificação destinado a mulheres vítimas de violência doméstica. São 10 mil bolsas de estudo integrais para um curso online voltado ao e-commerce e marketing digital, para empoderar pequenos negócios.
- Magalu é o marketplace exclusivo da Pinacoteca de São Paulo
- Lu do Magalu é primeira influenciadora virtual brasileira em uma capa de revista
O programa do Magalu será ministrado pela escola particular ComSchool e terá quatro módulos de conhecimento com mais de 13 horas de aula. O primeiro, de e-commerce, tem cinco horas e ensinará a abrir uma loja virtual e dará noções iniciais de fotografia, entre outros conteúdos. Outras aulas abordarão a planilha eletrônica Excel e como usar as redes sociais Instagram e Facebook para vender produtos e serviços.
A última fase do curso é dedicada ao empoderamento feminino com participação de Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza; Silvia Chakian, promotora de justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo; e Maira Liguori, diretora da ONG Think Olga. O módulo discutirá os tipos de violência cometidos contra as mulheres, as leis que as protegem e a “economia do cuidado”, isto é, a valorização de trabalhos historicamente desempenhados por mulheres e não remunerados, como os cuidados com a casa, com crianças e idosos.
“Nosso objetivo é ajudar a qualificar principalmente aquelas mulheres que dependem financeiramente de seus parceiros ou ex-parceiros, porque a dependência econômica é um dos vínculos que as mantêm presas a seus agressores”, afirma Ana Luiza Herzog, gerente de reputação e sustentabilidade do Magalu.
As bolsas serão destinadas às mulheres por meio de nove entidades que combatem a violência. As instituições parceiras são:
- Cemur (Centro de Mulheres Urbanas e Rurais de Lagoa do Carro e Carpina, de Pernambuco);
- Ammu (Associação de Moradores de Mutá, da Bahia);
- Cami (Centro de Apoio e Pastoral do Migrante, de São Paulo);
- Associação de Arte e Cultura Negra Ará Dudu (Rio Grande do Sul);
- Grupo Brasileiro de Promoção da Cidadania (Piauí);
- Casa da Mulher do Nordeste (Pernambuco);
- Sedup (Serviço de Educação Popular, da Paraíba);
- Associação Tingui (Minas Gerais);
- Grupo Mulheres do Brasil (São Paulo).
O Magalu também vai distribuir dois tablets a cada organização. Os equipamentos serão usados por mulheres que não têm acesso à internet.
Outras iniciativas do Magalu para as mulheres
O Canal da Mulher, criado em 2017, já atendeu 750 funcionárias do Magazine Luiza vítimas de violência. Qualquer funcionário pode denunciar ou notificar casos de mulheres em situação de risco. A partir dos registros, psicólogas entram em contato com a vítima para entender o contexto do caso e oferecer ajuda adequada. De acordo com a gravidade do problema, as funcionárias recebem assistência psicológica, orientação jurídica e auxílio financeiro.
Há três anos, o Magalu incorporou ao seu superapp um botão de denúncias de violência contra a mulher. O botão permite acesso direto ao Ligue 180 e, via chat, ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que recebe denúncias online. Em março de 2021, o botão passou a direcionar as denúncias também ao projeto Justiceiras, plataforma que oferece um serviço multidisciplinar de acolhimento e apoio às vítimas.
Em agosto de 2020, a empresa lançou o Fundo de Combate à Violência Contra a Mulher, com R$ 2,6 milhões para apoiar instituições dedicadas à causa. Os recursos foram destinados a 20 entidades selecionadas por meio de um edital, que recebeu 459 propostas de organizações. As entidades foram contempladas com valores entre R$ 100 mil e R$ 150 mil e receberam mentoria para aprimorar sua gestão.