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Inovação, acessibilidade e discriminação

Por| 04 de Junho de 2020 às 10h00

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Unsplash
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Autor convidado: Petros Barreto

Gostaria de começar de uma forma diferente, porém, precisamos mostrar um pouco das dificuldades enfrentadas pelos que não tiveram muitas oportunidades.

Não é preciso explicar muito para mostrar que deficientes, negros, mulheres, idosos, dentre outros, não são prioridade. Quantos estudaram em escola pública? Quantos não tinham dinheiro para o lanche? Quantos precisaram ir vender algo com a mãe? Por outro lado, quem sempre teve de tudo na vida? Pai e mãe presentes, video games, escola privada, dinheiro para o lanche, só se preocupar em estudar e curtir. No nosso mundo, em todas as áreas, ter vantagens traz melhores resultados.

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Sou empreendedor na área de TI e não é difícil perceber que temos poucos negros no segmento. Qual é o impacto da discriminação para o empreendedor no Brasil? Já rodei o País em eventos de empreendedorismo e tecnologia e sou líder de comunidades de desenvolvedores Apple e Google. Temos representantes que levantam nossa bandeira, mas não é fácil empreender, ainda mais se você não está dentro do perfil.

Já fui barrado por seguranças ou confundido com o garçom. Pensei que para estar naqueles locais, tivesse que me adaptar, investir na aparência. Mas me dei conta de que eu não precisava de nada daquilo para conquistar meus objetivos.

Hoje, trabalho com um banco digital, na parte de acessibilidade do app. Às vezes, mexo no celular com os olhos fechados para ter a sensação de um deficiente visual e pensar em soluções para este tipo de usuário.

Quando aceitei o desafio de prestar serviços para empresas, decidi que trabalharia com marcas diferentes, que me escutassem e, acima de tudo, onde eu não me sentisse discriminado. Meu objetivo tem sido cumprido.

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Inovação é minha paixão! Meus olhos brilham quando vejo alguém fazendo algo diferente do comum e hoje, com tudo que estamos passando, precisamos criar um “novo normal”. As pessoas estão sendo forçadas a inovar em cima de coisas que sempre fizeram.

Isso prova que tudo que tem um padrão pode ser melhorado. E posso dizer que eu não estou satisfeito com o padrão!

Eu sou Petros Barreto da Silva, 29, negro, casado, pai, TDAH, empreendedor, desenvolvedor de app.