Grandes empresas buscam por empreendedores
Por Renato Ribeiro | 25 de Junho de 2020 às 13h00
Nos últimos tempos, venho percebendo um movimento no mundo das startups: grandes empresas estão em busca de pessoas com experiência em negócios próprios. Diante dos novos desafios de crescimento, empresas já estabelecidas precisam de novas visões e de um ritmo de trabalho dinâmico para se manterem em suas posições. Do outro lado, empreendedores estão mais abertos para oportunidades com maior estabilidade financeira.
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Não é segredo para ninguém que a maioria dos pequenos empresários precisa se desdobrar em inúmeras atividades para que seus negócios sobrevivam. Acumulam as funções de vendedores, executores de atividades, produtores, gestores financeiros, copeiros e do tão sonhado cargo de CEO no cartão de visitas. Segundo o Sebrae, as micro e pequenas empresas representam 99,1% das empresas registradas no Brasil. Apesar do número expressivo, estes negócios são responsáveis apenas por 25% do PIB.
Já as grandes empresas esbarram no custo do crescimento. Pensar e agir de forma ágil, manter a cultura organizacional, atrair novos talentos, inovar sua cesta de produtos/serviços e investir de forma assertiva em busca da maximização dos lucros são alguns dos desafios enfrentados por negócios pressionados por acionistas. Criar ambientes e oferecer condições que proporcionam o desenvolvimento do potencial criativo dos colaboradores (inovadores, gênios, empreendedores) é uma das alternativas para que estes negócios se mantenham no topo. Basta olhar para a lista de empresas mais valiosas no mundo ao longo dos anos para perceber que a matéria-prima migrou do mundo físico para o do conhecimento.
Para que essa relação de troca entre grandes empresas e empreendedores seja saudável, duradoura e de sucesso entre as partes, é necessário que se vá além de free snacks, cervejas, mimos, home-office ou um ambiente moderno de trabalho. Não é ser cool, é terem propósitos bem definidos e alinhados. Vale ressaltar que nada impede um empreendedor de se tornar CLT/PJ ou até mesmo um parceiro de negócios. O mais importante é todos impactarem positivamente o consumidor final.