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Vale a pena comprar ar-condicionado A+++? Nós fizemos as contas

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Eric Mockaitis/Canaltech
Eric Mockaitis/Canaltech

Com a alta nas temperaturas, a procura por ar-condicionado aumenta, assim como a dúvida sobre pagar mais caro por modelos mais eficientes. O mercado oferece diversas opções classificadas como "A+++", mas compreender o impacto real dessa especificação na conta de luz exige alguns cálculos. 

Nós analisamos os dados técnicos e o consumo real dos modelos mais populares para responder a essa questão.

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O significado da classificação A+++

É fundamental entender o contexto técnico antes de analisar os números. O Inmetro alterou a regra de classificação de eficiência energética em 2023 e passou a utilizar o IDRS, ou Índice de Desempenho de Resfriamento Sazonal, que é mais rigoroso.

Embora o mercado utilize amplamente o termo "A+++", essa classificação não existe na etiqueta oficial fixada no produto, na qual a escala termina na letra A. 

O termo é uma estratégia comercial para diferenciar os aparelhos com eficiência muito superior, geralmente com selo Procel Ouro ou IDRS acima de 8,0, daqueles que atingem apenas o mínimo exigido para a classe A, que possuem IDRS próximo de 5,5.

Comparativo de consumo mensal

Para mensurar o impacto financeiro, calculamos o custo mensal dos cinco modelos mais vendidos no Magazine Luiza, considerando a tarifa média de R$ 0,736 por kWh em São Paulo e um uso de 150 horas mensais.

O modelo mais econômico entre as opções de 9.000 BTUs foi o TCL T-Pro 2.0 Inverter, com consumo de 117 kWh e custo mensal de R$ 86,11. Logo em seguida aparecem o Prime Air Inverter e o Philco Inverter PAC9FC, ambos com gasto de R$ 89,42. Já o Philco Hi Wall PAS9FT apresentou o maior custo nessa capacidade, totalizando R$ 97,15.

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O ranking inclui também o Samsung WindFree AI, que teve custo de R$ 129,17. Vale ressaltar que este aparelho possui 12.000 BTUs, o que justifica o consumo mais elevado em comparação aos outros, pois ele oferece maior potência para refrigerar ambientes maiores.

  • TCL T-Pro 2.0 Inverter (9.000 BTUs)
    • Custo mensal: R$ 86,11;
  • Prime Air Inverter (9.000 BTUs)
    • Custo mensal: R$ 89,42;
  • Philco Inverter PAC9FC (9.000 BTUs)
    • Custo mensal: R$ 89,42;
  • Philco Hi Wall PAS9FT (9.000 BTUs)
    • Custo mensal: R$ 97,15;
  • Samsung WindFree AI (12.000 BTUs)
    • Custo mensal: R$ 129,17;
    • Consumo maior por oferecer mais potência para ambientes maiores.

Economia real na conta de luz

Ao comparar os modelos de 9.000 BTUs, a diferença entre o mais eficiente e o convencional é de R$ 11,04 por mês. Em um ano de uso moderado de cinco horas diárias, essa economia acumula R$ 132,48 apenas pela escolha do aparelho.

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Esse cenário muda caso o ar-condicionado seja utilizado para trabalhar em casa. Se o tempo de uso subir para 10 horas diárias, a diferença de custo dobra e a economia anual do modelo mais eficiente salta para quase R$ 260,00 em relação ao convencional.

Veredito: o investimento se paga?

A decisão de compra deve considerar o tempo necessário para que a economia de energia compense o preço mais alto do produto. 

Se um ar-condicionado de alta eficiência custar cerca de R$ 300 a mais que um modelo comum, ele levará cerca de dois anos e meio para se pagar em um cenário de uso noturno. 

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Já para quem utiliza o aparelho intensamente, o retorno do investimento ocorre em pouco mais de um ano. Portanto, para uso esporádico, um modelo de entrada atende bem, mas para uso diário, o investimento em um aparelho de alta eficiência, com selo A+++, é indispensável para evitar gastos excessivos a longo prazo.

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