Como proteger eletrônicos em tempestades sem tirar da tomada
Por Wendel Martins |

As tempestades de raios sempre preocupam pelo risco de queimar eletrônicos, mas existem formas de protegê-los da condição. A primeira recomendação das distribuidoras de energia é remover os aparelhos da tomada, mas o mercado conta com métodos eficientes que permitem manter o eletrônico conectado. O principal é o uso de dispositivos de proteção de surtos (DPS), que agem para "salvar" os produtos durante a tempestade.
Dentre os principais modelos, estão o filtro de linha, o estabilizador e, por fim, o nobreak.
Como a tempestade afeta os eletrônicos?
Uma tempestade pode assustar pelos raios que fazem barulho muito alto. Mas, além disso, o fenômeno também pode afetar o funcionamento de eletrônicos. Isso acontece porque o raio tem potencial para induzir fortes correntes elétricas nos circuitos dos aparelhos.
A sobrecarga elétrica ainda pode queimar os produtos conectados na tomada devido aos milhares de volts envolvidos.
Segundo a Enel — empresa privada responsável por boa parte do setor elétrico em São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará, o ideal é desconectar os eletrônicos das tomadas durante uma chuva de raios. Contudo, isso nem sempre é possível ou necessário.
Outro perigo é a queda de árvores na rede elétrica. A queda brusca de energia pode danificar os eletrodomésticos conectados.
Nesse sentido, os dispositivos de proteção de surtos (DPS) despontam como uma das melhores opções conta tempestades. De acordo com a concessionária, o uso dos estabilizadores de tensão é recomendado em eletrônicos sensíveis, como computadores e televisores.
Dispositivos de proteção de surtos (DPS) são solução ideal
Filtro de linha
A opção mais atrativa, considerando a relação custo-benefício, é o filtro de linha. As principais versões protegem de 5 a 8 eletroeletrônicos simultaneamente contra queima por raios ou outros surtos elétricos. Popularmente, o produto é conhecido como "extensão" ou "régua", mas vale ficar atento se ele conta com sistema contra sobrecargas.
Muitos modelos incluem uma chave disjuntora que desarma automaticamente em caso de curto-circuito. A chave também serve para controlar manualmente o funcionamento do DPS.
Filtros de linha de marcas renomadas, como a iClamper, custam a partir de R$ 50.
Estabilizador
O estabilizador é mais um DPS que vale a pena para proteger os eletrônicos em tempestades, mas ele funciona de forma diferente do filtro de linha. Enquanto o primeiro usa fusível para "segurar" o surto, o segundo dispositivo trabalha constantemente para estabilizar o volume de energia antes de acontecer uma oscilação elétrica brusca devido aos raios.
Uma das vantagens deste tipo de operação é que o aparelho realiza correções na tensão elétrica de forma automática. Ou seja, o estabilizador é capaz de corrigir incompatibilidade de voltagem.
Contudo, o modelo costuma custar a partir de R$ 100, na versão de 127 V, em e-commerces.
Nobreak
O Nobreak, por sua vez, oferece um recurso adicional para o usuário. Além de proteger contra surtos, o dispositivo conta com uma bateria interna útil para diversos eletrônicos, apesar da autonomia de apenas 5 a 10 minutos. Vale frisar que a duração varia conforme o número de aparelhos conectados e consumo de energia de cada um.
Como exemplo de situações em que o nobreak pode "salvar o dia", está o trabalho home office, já que 10 minutos é mais do que suficiente para salvar documentos importantes e comunicar os colegas de trabalho sobre a tempestade.
No entanto, por ser o mais completo dentre os três, o dispositivo também é o mais caro. Os preços começam em R$ 250.
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Fonte: Enel