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Ar-condicionado iraniano de 2.000 anos ainda funciona e não gasta energia

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 Hasan Almasi/Upsplash
Hasan Almasi/Upsplash

Irã e Pérsia são o mesmo país — o nome Irã passou a ser usado oficialmente apenas em 1935. Mas a invenção das torres de ventilação, também chamadas badgirs, remonta a muito antes disso, à época do Império Persa. Há cerca de dois mil anos, engenheiros persas criavam sistemas engenhosos para resfriar casas e palácios sem consumir energia elétrica.

As badgirs são torres altas com aberturas voltadas para os ventos predominantes. O ar fresco entra por essas passagens e desce até os cômodos internos.

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Já o ar quente sobe e escapa por outras aberturas, num ciclo que funciona tanto por diferença de pressão quanto pelo “efeito chaminé”. Algumas dessas torres ainda aproveitam a evaporação da água — canalizada por reservatórios subterrâneos (qanats) — para refrescar ainda mais o ar que entra.

Ar-condicionado natural reduz temperatura em 10 °C sem energia

Esse tipo de ar-condicionado natural foi usado intensamente em regiões desérticas e secas.

Em Yazd, uma das cidades mais antigas do Irã atual, dezenas dessas torres permanecem em uso e foram até reconhecidas como Patrimônio Mundial da Unesco.

Alguns exemplares têm mais de 30 metros e, mesmo nos dias mais quentes, conseguem reduzir a temperatura interna em até 10 °C sem uma única tomada elétrica.

Esse tipo de arquitetura bioclimática já existia há séculos. Pinturas egípcias de 3.300 anos mostram sistemas parecidos, e os persas refinaram o conceito entre os séculos XIV e XVIII.

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Muitos casarões, palácios e reservatórios públicos (ab anbars) ainda mantêm essas torres ativas, provando a longevidade da solução.

Arquitetura bioclimática está de volta

Além disso, as badgirs voltam a inspirar projetos modernos. Arquitetos que buscam construções sustentáveis, no Irã e até nos Emirados Árabes e América do Norte, têm resgatado essas técnicas para reduzir o consumo de energia em tempos de crise climática.

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