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Novo "ar-condicionado que não vaza gás" promete ser muito mais ecológico

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Danilo Berti/Canaltech
Danilo Berti/Canaltech

Ao mesmo tempo em que o ar-condicionado está presente em cada vez mais casas, a preocupação com seu impacto no meio ambiente cresce. Nesse sentido, um novo ar-condicionado, que não vaza gás e é muito mais ecológico, pode chegar ao mercado nos próximos anos usando um "refrigerante sólido" desenvolvido no Reino Unido.

Vale mencionar que um ar-condicionado com gás refrigerante mais ecologicamente correto também pode ser mais econômico, já que ele tornaria o processo de refrigerar mais eficiente.

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Por que o gás do ar-condicionado faz mal para o meio ambiente?

Antes de explicar sobre o aparelho em desenvolvimento, é preciso explicar o que torna o atual gás do ar-condicionado tão maléfico para o meio ambiente.

Atualmente, muitas casas tem aparelhos de ar-condicionado que usam o gás refrigerante de hidrofluorcarbonetos. Apesar da rápida refrigeração, a tecnologia é um grande risco para o efeito estufa, já que o gás pode vazar para o ambiente.

Devido a vazamentos desse tipo combinados com o consumo de eletricidade, a Agência Internacional de Energia (AIE) estima que o ar-condicionado seja responsável por 3,2% das emissões de gases de efeito estufa.

O que muda no novo ar-condicionado?

No protótipo do pesquisador Xavier Moya, da Universidade de Cambridge, a troca de calor é feita por um refrigerante sólido — um material cujas moléculas giram em seus próprios eixos, embora esse movimento não seja visível no dia a dia. É possível imaginá-lo como uma "poeira extremamente fina sendo agitada no ar".

Capturando o ciclo desse movimento, é possível liberar a energia (calor) no momento certo e no local apropriado, da mesma forma que um ar-condicionado faz hoje, capturando o calor de dentro e jogando para fora.

No caso dessa nova tecnologia, o aparelho resfria o ambiente por um efeito chamado "efeito barocalórico". Esse método pode ser usado tanto para resfriar quanto para produzir calor.

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Na prática, a substância é comprimida e quando o movimento cessa, a energia é dissipada na forma de calor. Ao todo, o aparelho reduziria em até 75% a emissão de gases danosos.

A tecnologia ainda é inédita no mercado, mas Moya estima que o modelo chegue ao mercado, inicialmente comercia, nos próximos 3 anos.

A expectativa é de que, além de ser mais ecologicamente correto, o ar-condicionado em desenvolvimento também possa contribuir para a economia de energia e, posteriormente, seja lançado para o mercado residencial.

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Fonte: Daily News