Kindle Scribe colorido vs. preto e branco: qual modelo é melhor?
Por Bruno Bertonzin • Editado por Léo Müller |

A Amazon apresentou a nova linha Kindle Scribe, que combina a tradicional experiência de leitura dos e-readers com a funcionalidade de um caderno digital para anotações. A terceira geração do e-reader chega com duas versões: um modelo com a clássica tela em preto e branco e uma edição Colorsoft, com exibição em cores.
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Ambos possuem um design ultrafino de 5,4 mm, tela de 11 polegadas e acompanham uma caneta para anotações. Com propostas distintas, a escolha entre os dois modelos levanta a dúvida: qual deles vale mais a pena?
Cores para criatividade ou o clássico papel digital?
A principal diferença entre os dois modelos está na tela, e a escolha depende diretamente do seu tipo de uso. O Kindle Scribe Colorsoft é a opção da Amazon para quem precisa fazer anotações em cores, ou mesmo ler quadrinhos em um display maior.
Com ele, é possível ler HQs e revistas em cores, além de fazer marcações e anotações coloridas em documentos e PDFs. A Amazon utiliza uma tecnologia de display customizada que produz cores suaves e não cansa os olhos, diferente das telas LCD de tablets.
No entanto, é importante destacar que a tecnologia e-ink, por natureza, exibe cores com um aspecto mais "lavado" em comparação com um tablet ou uma impressão em papel.
Além da cor, o display também é diferente do e-ink tradicional, e tem um aspecto mais parecido com uma tela “comum”, apesar de ainda não cansar a vista após o uso prolongado.
Por outro lado, o Kindle Scribe com tela preto e branco oferece a experiência mais próxima do papel, que consagrou a linha Kindle. A tela sem reflexo foi projetada para imitar uma folha de papel tradicional, o que a torna ideal para longas sessões de leitura de livros e para anotações diárias.
Para quem busca o Scribe principalmente para substituir um caderno e um leitor comum, o modelo monocromático entrega a melhor experiência.
Anotações e Desempenho
Nos dois modelos, a Amazon aprimorou a experiência de escrita. A empresa desenvolveu um vidro com textura para melhorar o atrito da caneta na tela, que evita a sensação escorregadia comum em tablets.
A arquitetura do display também foi refeita para reduzir o atraso entre a ponta da caneta e o traço na tela, o que cria a sensação de escrever diretamente no papel.
A performance também recebeu uma melhora. A empresa promete um desempenho 40% mais rápido para virar páginas e para a escrita. Além disso, a caneta que acompanha as duas versões se conecta magneticamente ao Scribe e não precisa de recarga.
Qual Kindle Scribe é melhor para você?
A decisão entre o Kindle Scribe colorido e o preto e branco é semelhante à escolha entre o Kindle Paperwhite e o Colorsoft. A diferença de preço entre os modelos é considerável: nos Estados Unidos, a versão padrão custa US$ 499,99, enquanto a Colorsoft sai por US$ 629,99.
Assim, o Kindle Scribe “comum” é a melhor opção se você busca um leitor digital para livros convencionais e um caderno para anotações diárias, resumos e listas. Ele oferece a experiência de leitura e escrita mais próxima do papel.
Já o Colorsoft compensa apenas se o seu fluxo de trabalho ou lazer se beneficia das cores. É ideal para quem lê muitas HQs, revistas, artigos acadêmicos com gráficos ou precisa de um sistema de anotações com marcações coloridas para organizar ideias.
Vale ressaltar que ainda não há previsão de lançamento da linha Kindle Scribe no Brasil, mas a Amazon já destacou ao Canaltech que há planos para trazer os dois modelos para cá.
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