Comércio móvel global projeta US$ 3,2 trilhões de receita na Black Friday
Por Roseli Andrion • Editado por Claudio Yuge |

Falta pouco mais de um mês para a Black Friday e as expectativas para o comércio móvel estão em alta. De acordo com análise prévia da AppsFlyer, as vendas globais na data devem chegar a US$ 3,2 trilhões (R$ 17,5 trilhões). Isso representa um aumento de 18% em comparação com os US$ 2,7 trilhões (R$ 14,7 trilhões) registrados em 2020.
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A estimativa considera as tendências dos últimos 18 meses no m-commerce. O volume de vendas globais móveis em julho de 2021 superou novembro de 2020 em faturamento. Paralelamente, no acumulado de janeiro a julho, as instalações de apps subiram 55% no Android e 32% no iOS e as receitas in-app aumentaram 55% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O Brasil se destaca em ambas as plataformas: Brasil, Índia e Indonésia são os três principais mercados do Android, enquanto EUA, Brasil e Rússia lideram no iOS. O primeiro semestre de 2021 viu as compras por aplicativo no Android aumentarem 145% no país em relação ao mesmo período de 2020.
O combate a fraudes ganhou fôlego no Android no Brasil: as instalações de apps falsos caíram para 5,2% em 2021 (eram 12,7% em 2020) graças a mecanismos de detecção mais sofisticados. Já o iOS teve taxas de fraude 197% mais altas que o Android no primeiro trimestre de 2021. Entre o último trimestre de 2020 e o primeiro de 2021, US$ 18 milhões (quase R$ 100 milhões) foram perdidos em fraude no país.
Alta temporada
Segundo o estudo da AppsFlyer, a Black Friday é a alta temporada para os aplicativos de compras no Brasil. Em novembro de 2020, houve aumento de 49% nas instalações não orgânicas de apps em comparação com o restante do ano. Isso fez a data ser mais bem-sucedida para as compras móveis do que as vendas antes do Natal, em dezembro.
Shani Rosenfelder, diretor de conteúdo da AppsFlyer, diz que, para aproveitar melhor as datas festivas do fim do ano, é importante colocar a experiência móvel, especialmente a relacionada a apps, no centro da estratégia. “Isso significa garantir que a transição para os apps seja suave”, reforça. “A comunicação deve chegar ao cliente onde ele estiver. Os links devem levar diretamente ao produto de forma suave e contextualizada.”
Fonte: AppsFlyer, Mobile Time