Veja dicas e prepare-se para aproveitar melhor as compras na Black Friday
Por Roseli Andrion • Editado por Claudio Yuge |
A Black Friday já se tornou tradicional no Brasil. A chegada de novembro traz consigo as ofertas da data — e muitas lojas prometem descontos ao longo de todo o mês. O consumidor, por sua vez, tem esperado para fazer compras nesse período: uma pesquisa da Bare International aponta que 84% dos brasileiros pretendem aproveitar as ofertas.
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Apesar de toda a celebração, algumas promoções podem ser apenas ciladas. Por isso, é fundamental se programar: acompanhar o histórico de preços com antecedência ajuda a fazer as melhores escolhas.
No planejamento, é essencial definir quais produtos serão comprados e já começar a pesquisar. O aumento de preços antes da Black Friday é muito usado para aumentar as vendas sem diminuir o lucro. Além disso, definir os itens a serem comprados ajuda a evitar as compras por impulso e o endividamento no cartão de crédito.
A data pode ser útil, ainda, para quem pretende antecipar as compras de fim de ano e os presentes de Natal. É preciso, no entanto, lembrar de deixar o item guardado até a data. Se ele for dado antes, especialmente para os filhos, outro presente será comprado depois — o que representa mais gastos.
Para quem já está endividado, é melhor esquecer a Black Friday, pois um novo débito não é o ideal neste momento de incerteza econômica. Vale, ainda, ficar atento ao uso do cartão de crédito: parcelar sem juros pode ser uma boa ideia, mas é preciso lembrar que vai passar um tempo pagando as parcelas.
Em itens importados, a alta do dólar e a crise de abastecimento causada pela pandemia de covid-19 fez os preços ficarem ainda mais altos. Nesse caso, o desconto pode nem ser muito vantajoso. Vale avaliar, então, se adiar a compra não é melhor que se endividar.
O consumidor deve, ainda, se preparar para o início do ano, que traz gastos com material escolar e pagamento de impostos, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Apesar de as datas serem separadas, a falta de planejamento pode afetar o orçamento posterior.
Crescimento do e-commerce
No Brasil, em 2020, o e-commerce teve alta de 68% em comparação com 2019, o que ajudou a elevar a participação do setor no faturamento total do varejo. Com isso, ele foi de 5% no fim de 2019 para um patamar de mais de 10% em alguns meses de 2020, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
O crescimento do setor se deve, principalmente, à praticidade. Na Black Friday, além de ajudar a evitar filas, o formato permite pesquisar com calma e elimina os gastos com deslocamento. A expectativa é de uma movimentação de cerca de R$ 110 bilhões no comércio eletrônico na data segundo a E-bit/Nielsen.
A loja física, no entanto, pode ser um ponto de apoio em caso de dúvidas. Lá, é possível verificar especificações e evitar compras precipitadas. Produtos com aparências semelhantes podem ter recursos distintos e, consequentemente, preços diferentes.
Dicas para comprar online
Antes de comprar online, é preciso conhecer as regras. Selecionamos algumas das mais importantes. Veja!
Link da loja
Antes mesmo de escolher produtos em um e-commerce, é importante verificar se o site é legítimo. Em datas comemorativas, as páginas clonadas procuram fazer um alto número de vítimas. Verifique se o endereço é realmente o oficial (se não faltam nem sobram letras no nome) e se ele tem um cadeado no início. Se for comprar pelo app da loja, certifique-se de obter a ferramenta oficial — aplicativos falsos são usados por golpistas para cometer fraudes.
Confiança do site
Se estiver tudo certo, procure informações sobre a loja e confirme se ela garante a proteção de dados. Os órgãos de defesa do consumidor (como o Procon) e os sites de avaliação (como o ReclameAqui) são boas fontes para conhecer a forma de atuação do estabelecimento. Em sites que publicam comentários de clientes, é possível conferir a experiência de outros clientes com o produto.
Direito de arrependimento
O art. 49 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) garante que clientes que compram fora do estabelecimento comercial têm direito de se arrepender em até sete dias corridos após o recebimento da compra. Isso vale para clientes de e-commerce. O objetivo é evitar que o consumidor tenha de ficar com uma compra que não satisfez suas expectativas.
Troca, devolução e políticas
É importante entender como a loja faz envios, trocas e devoluções, bem como quais são seus prazos de entrega. Todas essas informações devem ser obrigatoriamente fornecidas pelo estabelecimento.
Fonte: O Dia