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Startup da Alphabet consegue licença para realizar entregas com drones nos EUA

Por| 23 de Abril de 2019 às 18h00

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Divulgação / Wing
Divulgação / Wing
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A Wing, startup de propriedade do Alphabet, se tornou a primeira empresa de drones a obter aprovação da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) para fazer entregas comerciais nos Estados Unidos. De acordo com a Bloomberg, a empresa conseguiu a autorização após cumprir requisitos de segurança de uma companhia aérea tradicional.

Conseguir a aprovação da FAA como companhia aérea era necessário pelo modo como a Wing quer operar suas entregas de drones. Os atuais regulamentos da FAA impedem que um drone voe para fora da linha de visão de um operador, enquanto as licenças para entregas automatizadas só foram concedidas anteriormente para demonstrações em que as empresas de drones não puderam aceitar pagamento pelos serviços.

Para conseguir a aprovação da FAA, a Wing criou manuais de segurança, rotinas de treinamento e implementou uma hierarquia de segurança. Nos próximos meses, a empresa poderá começar a fazer entregas no estado de Virgínia, nos Estados Unidos.

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O plano da Wing é entregar mercadorias de empresas locais para comunidades rurais das cidades de Blacksburg e Christiansburg. No futuro, a empresa poderá solicitar permissão da FAA para expandir sua operação.

A FAA é o segundo regulador a dar permissão à Wing para lançar um serviço de entrega comercial de drones. No início deste mês, o regulador australiano CASA concedeu à startup Alphabet, que também controla a Google, o direito de fazer entregas em Canberra para cerca de 100 casas após a conclusão de um julgamento de 18 meses que envolveu três mil entregas.

Ganhar a aprovação da FAA foi um processo que durou meses, mas provavelmente será muito mais rápido para as futuras empresas de entrega de drones, agora que o regulador descobriu quais regras de companhias aéreas são apropriadas para as operadoras de drones.

Drones pelo mundo

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A Amazon passou a testar o seu serviço de entregas por drone em 2016. A ideia é viabilizar o transporte de produtos de até 2,27 kg em 30 minutos. A empresa afirma que está testando o Prime Air em diversas localidades, mas não revela detalhes.

Apesar da tecnologia, o drone da Amazon ainda não consegue enfrentar condições climáticas adversas como chuva e neve. Mas o equipamento conta com a tecnologia “sentir e desviar”, que evita contato físico com objetos no espaço aéreo e no chão.

A Uber é outra grande empresa testando a tecnologia. Ela quer criar um drone para entrega de comida na Califórnia, Estados Unidos. O objetivo também é agilizar as entregas com tempo limite de 30 minutos. “Nós precisamos de hambúrgueres voadores”, brincou o CEO da empresa, Dara Khosrowshahi, durante uma conferência da Uber em Los Angeles.

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O projeto da Uber faz parte de um programa de testes comerciais de drones aprovado pelo governo federal dos Estados Unidos. A Apple também foi selecionada para os testes, mas os planos da Maçã são mais singelos: a empresa estuda usar a tecnologia para melhorar as imagens de seus mapas.

Na África, empresas procuram usar drones para a entrega de medicamento em áreas de díficil acesso. A startup Zipline tem parceria com o governo de Ruanda para a distribuição de remédios e sangue em hospitais de áreas rurais, de acordo com a BBC. Assim, o tempo de entrega passaria de horas para minutos.

Na China, o drone também propõe aplicações inovadoras, como o transporte de pessoas. Os testes já começaram com mais de 400 mil equipamentos.

Fonte: The Verge e BBC