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Fim da mineração de Ethereum deve diminuir preços de GPUs

Por| Editado por Claudio Yuge | 20 de Setembro de 2022 às 22h30

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Envato/photocreo
Envato/photocreo

A atualização no protocolo usado pela criptomoeda Ethereum, executada na última quinta-feira (15), deve vir como a melhor das notícias para os gamers, profissionais gráficos e demais usuários que sofreram com o alto preço das placas de vídeo nos últimos anos. A ideia dos especialistas, quase uma semana depois da histórica fusão (ou The Merge, em inglês), é de que os preços devem baixar e a disponibilidade subir na medida em que a mineração deixa de valer a pena.

O segredo da mudança, que se confirmada, deve ser igualmente histórica, está nos números. Mesmo com a adoção em massa do fork Ethereum Classic, em que a mineração ainda é o método de geração de moedas, a ideia é que os preços cada vez mais altos de eletricidade e a necessidade de um poder computacional cada vez mais alto farão com que a conta não feche, a não ser nos poucos países em que a energia é extremamente barata.

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Ethan Vera, diretor de operações da Luxor, companhia voltada para softwares e tecnologias de mineração, acredita que apenas 10% dos que mineram criptomoedas, hoje, encontrarão espaço na nova realidade. Na visão dele, as placas de vídeo se tornaram inúteis no momento em que o The Merge aconteceu, um movimento, ainda que focado no Ethereum, acabou atingindo todo o mercado.

Ben Gagnon, diretor de mineração da Bitfarms, empresa focada nesse processo, deixou claro seu descontentamento e disse, com todas as letras, que a mineração por GPUs “está morta”. Na visão dele, as poucas moedas que ainda podem apresentar lucros oriundos desse processo não têm liquidez, o que faz com que eventuais ganhos não sejam reais.

"A mineração por GPUs está morta menos de 24 horas depois da fusão. Aqui estão as três maiores redes de GPU e a atual rentabilidade diária com uma GPU 3090 e US$ 0,06/kwh: ETC: -US$ 0,07XMR: - US$ 0,37RVN: US$ 0,02 As únicas moedas que apresentam lucro não têm valor de mercado ou liquidez. Os lucros não são reais."
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O resultado disso já pode ser visto em sites de leilão online, nos quais placas de vídeo usadas por mineradores estão sendo vendidas em massa, muitas vezes por valores bem abaixo do que é praticado pelo mercado. Em marketplaces chineses, por exemplo, pode ser encontrada por valores a partir de US$ 300 (aproximadamente R$ 1.550), enquanto normalmente saem por mais de US$ 450 (ou seja, acima dos R$ 2.320) no mercado comum.

"A inundação de GPUs está aqui. Mineradores chineses e ecafés do sul da Ásia estão desmontando suas mineradoras e colocando placas para leilão em transmissões ao vivo. As 3060 Tis estão saindo de US$ 300 a US$ 350..."

O movimento, inclusive, teria começado antes mesmo do The Merge, com muitos especialistas apontando que esperto, de verdade, foi quem se antecipou a ele, vendendo as placas de vídeo por valores baixos a quem acreditava que, após a fusão, restaria algo. Prova disso é a queda considerável na taxa de mineração da Ethereum, que vem apresentando baixa desde maio deste ano e, hoje, se encontra em um patamar historicamente reduzido.

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Como sempre acontece, estamos falando de um mercado altamente volátil, em que tudo pode mudar em questão de semanas. É o que faz com que muitos mineradores ainda mantenham suas fazendas montadas, ainda que desligadas, de olho no que virá a seguir. Enquanto isso, para os gamers, este pode ser o começo de uma recuperação no mercado que, há alguns anos, se aguardava.

Fonte: Ars Technica