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The Merge: o que muda após a atualização da criptomoeda Ethereum?

Por| Editado por Claudio Yuge | 20 de Setembro de 2022 às 12h00

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Reprodução/Pexels/ David McBee
Reprodução/Pexels/ David McBee

Na última quinta-feira (15), o Ethereum (ETH), segunda maior criptomoeda do mundo, atrás apenas do Bitcoin, passou por uma importante mudança. De acordo com os responsáveis pelo ativo, The Merge ("A Fusão", na tradução livre) trata-se de uma grande melhoria no sistema de mineração, que deve reduzir em até 99% o consumo de energia gasto neste processo, além de torná-lo mais eficiente e seguro.

O principal ponto do The Merge é a troca da prova de trabalho (Proof-of-Work, ou PoW), que é o mesmo modelo usado pelo Bitcoin, por exemplo, pelo padrão de prova de participação (Proof-of-Stake, ou PoS), esses são os tipos de validação de comercialização mais conhecidos dentro do mercado de criptomoedas, mas têm algumas diferenças fundamentais.

The Merge promove o rompimento do Ethereum com o PoW

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O Proof-of-Work é a forma de validação mais usada. Nele, quando uma negociação é realizada, todos os dados da transação são validados antes de serem trancados em um bloco. O processo de autenticação é realizado pelos mineradores, que são usuários da própria rede. Para isso, são usados computadores de alta capacidade de processamento que resolvem contas matemáticas complexas.

Todo esse processo gera um alto gasto energético, além disso, parte considerável dos computadores que são usados para mineração estão em países com matrizes energéticas mais poluentes, como usinas a carvão. Isso faz com que as criptomoedas recebam uma série de críticas de ambientalistas, já que seriam piores para o meio-ambiente do que o sistema bancário tradicional.

Como funciona o PoS

No Proof-of-Stake, por sua vez, a validação dos dados dentro de uma blockchain (corrente de blocos, em tradução livre) é feita de uma maneira mais simples. Isso acontece porque não há contas complexas a serem resolvidas. Neste modelo, a corrente envia um bloco específico para um validador, que terá que checar a transação, assinar e passar adiante.

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Depois que o primeiro validador enviar a negociação para outros validadores, eles precisarão concordar com essa validação. Nenhum dos autenticadores é escolhido de forma consciente, todas as seleções são feitas por algoritmos de rede e levam em consideração todo o histórico daquela pessoa dentro da rede.

O que muda para o futuro da Ethereum

Outra mudança do The Merge inclui a criação de uma espécie de sistema de renda passiva que lembra vagamente a nossa caderneta de poupança, o staking (ou aposta, em tradução livre). Nele, há um incentivo para que os usuários “tranquem” seus ETH em um software de validação de transações. Caso façam isso, eles receberão recompensas.

Em troca dos ETH bloqueados, cada validador aumenta suas chances de conseguir verificar uma transação a cada 12 ou 13 segundos. Em tese, isso aumenta as recompensas no médio e longo prazo. Para participar desse sistema, é necessário ter pelo menos 32 ETH, com as recompensas aumentando de acordo com o número de moedas depositadas.

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Embora esteja fazendo bastante barulho, a mudança no sistema de validação é apenas o primeiro passo dentro do grande processo que é o The Merge. A intenção é que o Ethereum, que teve uma grande queda em seu valor de mercado por conta da crise no mercado de criptomoedas, se torne mais escalável e com taxas de rede menores, mas isso só deve acontecer em 2023, caso ocorra.