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Como a inflação e as taxas de juros influenciam o setor de criptomoedas?

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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envato- jirkaejc
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De março de 2020 até novembro de 2021 o preço do Bitcoin subiu cerca 1.600%. Outras moedas digitais acumularam alta ainda maior, como a Cardano, que subiu cerca de 9.500%. Contudo, essa fase de alta passou; atualmente as criptos já acumulam queda superior a 70%. E para o analista Andrey Nousi, ex-vice-presidente do banco de investimentos JPMorgan, a elevação das taxas de juros em bancos centrais de todos o mundo (inclusive a nossa Selic), deve manter o período de baixa no setor. Isso explica como a inflação e a taxa de juros influencia o setor.

Andrey Nousi explica que no passado qualquer estratégia de investimento envolvendo criptomoedas trazia retornos fáceis; porém esse período acabou. Ele explica que a inflação tem atingido níveis alarmantes para os bancos centrais em todo o mundo; como resposta, as taxas de juros aumentam para conter a alta dos preços nos países.

A taxa de juros Selic, principal instrumento de política monetária do Brasil, é um exemplo disso. Utilizado pelo Banco Central para conter a inflação, esse indicador chegou à sua mínima histórica de 2% ao ano, sendo elevada para os atuais 12,75% ao ano. E a expectativa dos analistas é que esse número suba ainda mais, para 14% — o que fatalmente vai aumentar as taxas de juros, e, assim, como dito acima, impactar no segmento cripto.

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Nos Estados Unidos, acontece o mesmo. O Federal Reserve (Fed), o equivalente ao Banco Central, tem subido a taxa de juros também. Por lá, o que girava em torno de 0,25% está entre 0,75% e 1%, com perspectiva de mais aumento. Isso assusta o mercado e se reflete em desvalorizações, não só para as criptomoedas, mas também em bolsas de valores em todo o mundo.

Recentemente o o índice S&P 500 (500 maiores empresas do mundo) confirmou a tendência de queda. Isso liga um alerta, por temor de aumentos agressivos das taxas de juros pelo Federal Reserve, o que pode leva a economia a uma recessão.

Nousi explica que uma consequência dos juros mais altos é o aumento da preferência do investidor por títulos públicos (garantidos pelos governos). Muitos abandonam mercados de maior risco, como as criptomoedas, e vão para ativos considerados mais seguros, como o tesouro direto, uma categoria de investimento de renda fixa, que não sofre com a volatilidade das criptomoedas, por exemplo.

Segundo o ex-banqueiro, nesse novo cenário, o investidor precisa conhecer mais sobre o mercado. Assim, quem quer investir em criptomoedas tem que buscar se especializar nessa nova modalidade de investimento. Ele aponta que a desvalorização das criptomoedas trazem oportunidades. “A baixa é um bom momento para entrar no mercado, sobretudo no que mais deu rentabilidade nos últimos anos."

Fonte: Moneytimes