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Cofundador do Facebook diz que Libra entregará controle monetário a empresas

Por| 23 de Junho de 2019 às 15h45

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Reuters / Dado Ruvic
Reuters / Dado Ruvic
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O Facebook anunciou oficialmente sua própria criptomoeda, a Libra, na terça-feira (18), mas a notícia ainda está dando o que falar. Na última semana, a França propôs uma força-tarefa do G7, bloco ecônomico internacional, para estudar como os bancos centrais de todo o mundo poderiam estabelecer regras de combate à lavagem de dinheiro desta nova forma de pagamento digital.

Agora, em editorial publicado pelo Financial Times, o cofundador do Facebook Chris Hughes – o mesmo que causou polêmica ao defender o desmembramento da empresa – disse que a criptomoedda Libra acabaria entregando grande parte do controle da política monetária de bancos centrais para as empresas privadas

"Se os reguladores globais não agirem agora, em breve poderá ser tarde demais", escreveu Hughes. Ele também afirmou que as corporações que supervisionariam a nova moeda colocariam seus interesses privados (lucros e influência) à frente dos interesses públicos.

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Nesta semana, o Facebook anunciou planos para lançar uma nova criptomoeda global chamada Libra, um esforço para expandir os pagamentos digitais. Em busca de viabilizar a Libra Association, uma entidade com sede em Genebra que administrará a nova moeda digital, o Facebook chegou a fechar parceria com 28 empresas, entre eles MasterCard, PayPal e Uber. A expectativa é de que o lançamento da moeda digital aconteça no primeiro semestre de 2020.

Depois do artigo de Hughes defendendo o desmembramento do Facebook, em maio, cresceu a pressão sob a empresa e suas práticas de compartilhamento de dados, bem como discurso de ódio e desinformação em suas redes. Candidatos democratas à presidência dos Estados Unidos defenderam publicamente o rompimento da empresa, bem como uma regulamentação federal sobre privacidade.

Procurado pelo Canaltech, o Facebook ainda não retornou o contato da reportagem.

Fonte: Reuters