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Ciberataque na rede Solana faz criptomoeda despencar mais de 90%

Por| Editado por Claudio Yuge | 29 de Julho de 2022 às 22h20

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Reprodução/master1305/Freepik
Reprodução/master1305/Freepik

O protocolo DeFi baseado na rede Solana, o Nirvana Finance, sofreu um ataque de “empréstimo instantâneo” que roubou cerca de US$ 3,5 milhões (R$ 18 milhões). Com a investida, o token ANA desvalorizou mais de 90%. O preço do criptoativo caiu de US$ 8,97 (R$ 47) para US$ 0,81 (R$ 4,20), horas após o ataque. Atualmente o token está sendo negociado por US$ 0,93 (R$ 4,83).

Dados da rede blockchain do projeto Nirvana Finance mostram que o cibercriminoso solicitou um empréstimo de 10 milhões de USDC para cunhar em tokens ANA e depois trocou os 10 milhões de USD ANA por 13,49 milhões de USDT. Com isso o criminoso conseguiu roubar cerca de US$ 3,5 milhões dos fundos de reserva do projeto pagar o empréstimo do USDC e, em seguida, transferi-los para uma carteira Ethereum; e então convertê-los na stablecoin DAI.

A conta oficial do projeto Nirvana Finance no Twitter confirmou o ciberataque e revelou que está investigando para descobrir a identidade do criminoso e levar o caso para as autoridades.

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Os desenvolvedores do projeto também utilizaram a rede social para pedir ao cibercriminoso que devolva as criptomoedas roubadas, e em troca receber US$ 300 mil (R$ 1,5 milhão) como recompensa, como também encerrar as investigações e qualquer processo de acusação.

O que é empréstimo instantâneo no DeFi?

Esse tipo de operação é algo que surgiu graças aos protocolos de finanças descentralizadas, utilizando uma DeFi. Qualquer pessoa pode solicitar empréstimos, que devem ser devolvidos na mesma transação. Se o solicitante não reembolsar o capital ou a negociação não tiver lucro, a transação é revertida.

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Com ele, o investidor pode solicitar emprestado qualquer quantidade disponível de ativos sem precisar dar garantias em troca. Como o empréstimo deve acontecer dentro de um único bloco do blockchain, não há risco de as pessoas que solicitaram o valor não reembolsarem a plataforma.

Funciona mais ou menos assim:

  • A plataforma disponibiliza os criptoativos ao investidor através de um contrato inteligente (smart contract);
  • Quando o investidor que solicitou o empréstimo realizar qualquer transação com estes ativos emprestados, automaticamente o contrato inteligente se encerra. Desse modo, o valor irá retornar ao credor;
  • Se o valor não for utilizado, o contrato fecha e o valor volta para quem o emprestou.

Fonte: Infomoney