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Bitcoin é usado por argentinos para fugir da inflação

Por| Editado por Claudio Yuge | 31 de Maio de 2022 às 19h00

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Envato/puhimec
Envato/puhimec

A inflação na Argentina atinge atualmente seu maior patamar dos últimos 30 anos. Segundo informou o Instituto Nacional de Estatística de Censos (Indec), o índice de preços ao consumidor registrou de abril de 2021 ao mesmo período deste ano um aumento de 58%. Com a alta recorde do índice no país, cerca de 37,3% da população está no nível abaixo da linha da pobreza.

Com a desvalorização da moeda, o Peso argentino, a população tem se interessado cada vez mais pelas criptomoedas. É o que mostra um relatório intitulado "Inteligência de Mercado das Américas", divulgado pela Reuters nesta segunda-feira (30). De acordo com a agência de notícias britânica, o Bitcoin tem atraído os argentinos que buscam escapar da inflação. O levantamento aponta crescimento de 12% no interesse dos hermanos pelo ativo digital, o dobro do nível do México e do Peru.

Um estudo realizado em 2021 pela Triple A, Aliança Anticomunista Argentina, mostrou que cerca de 3% da população do país utiliza criptomoedas no dia a dia. Esse número indica um total de mais de 1,3 milhão de pessoas. Segundo o relatório, a moeda digital DAI, uma stablecoin (moeda estável cujo valor é pareado ao dólar) foi a preferida na hora de transformar pesos argentinos em dólares americanos.

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Interessado no crescimento das moedas digitais, o Galicia, maior banco do país, anunciou no último dia 2 de maio que seus clientes poderiam negociar criptomoedas. Contudo, poucos dias depois, em 6 de maio, o Banco Central argentino (BCRA) obrigou o Galicia a interromper as operações envolvendo criptos, alegando que era necessário "mitigar os riscos associados com as operações envolvendo ativos digitais".

O BCRA também proibiu que instituições financeiras do país oferecessem essa modalidade de investimento aos seus clientes. No entanto, a busca por opções rentáveis para compensar a desvalorização do Peso argentino segue em alta. Ainda é cedo para dizer o governo vai ceder ao movimento do mercado, mas a tendência de procura pelo Bitcoin e outras alternativas indica que as criptomoedas devem seguir aquecidas entre nossos vizinhos.

Fonte: Reuters