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Bitcoin chegando a R$ 70 mil: especialista comenta supervalorização

Por| 24 de Agosto de 2020 às 19h30

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Aleksi Räisä
Aleksi Räisä

Engana-se quem pensa que o bitcoin está morto. A criptomoeda que originou todo esse polêmico mercado — hoje diversificado e bem mais estável em comparação com alguns anos atrás — continua sendo negociada a todo vapor, e, nos últimos dias, tem apresentado um crescimento bastante interessante. No momento em que esta reportagem foi escrita, a unidade da moeda custava R$ 65,8 mil.

Dias atrás, o preço ficou na faixa dos R$ 68; trata-se de um valor bem próximo de sua maior alta já registrada (falando na conversão para o real brasileiro), que foi em 2017, quando chegou a ser negociada por absurdos R$ 70 mil. De acordo com Daniel Conquieri, COO da corretora BitcoinTrade, a desvalorização do real perante o dólar deve fazer com que a criptomoeda atinja — ou até mesmo supere — o seu recorde a qualquer momento.

“Com certeza, a rápida recuperação que a criptomoeda teve frente aos ativos tradicionais, após a grande queda de quase 50%, logo no início da pandemia, chamou a atenção dos investidores. Com os olhos voltados para este mercado, performando acima dos demais, o número de notícias sobre bitcoin também cresceu, por conta da busca por pessoas interessadas em conhecer melhor este tipo de aplicação”, afirmou Daniel ao Canaltech.

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O especialista ressalta que, por sua natureza descentralizada (não dependendo de decisões governamentais ou grandes corporações privadas), a criptomoeda não sofreu com as consequências de ações que abalaram a economia, como medidas de isolamento social ou o fechamento temporário dos comércios. Trata-se de uma alta ocasionada simplesmente pela lei da oferta e da demanda.

O pai de todos

Como dissemos anteriormente, o mercado de criptoativos é cada vez mais diversificado, com uma grande variedade de tokens digitais sendo criados e ofertados em casas de câmbio digitais. Porém, por mais que seu projeto possa parecer “rústico” em comparação com arquiteturas blockchain mais modernas, o bitcoin continua representando de 60% a 70% das negociações globais de moedas digitais.

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“As pessoas buscam novos projetos, que possuem um potencial de valorização muito forte, como, por exemplo, o token da chainlink ou da band e alguns tokens de protocolos DeFis, para especular o preço, por serem projetos que estão começando. Então, muitas vezes, o investidor vai buscar esses novos projetos, não pela questão de uma estrutura mais moderna ou maior competitividade, mas sim pelo potencial maior de gerar grandes retornos, com potencial de crescimento exponencial maior que o Bitcoin no momento”, explica Daniel.

“Além disso, quando olhamos para os protocolos DeFis, realmente, eles estão entregando um valor para a cadeia, para o sistema, algo útil de verdade que, obviamente, chama a atenção dos investidores para uma nova fase do mercado, com projetos novos, aplicações diferentes do uso do Bitcoin. Então, acho que isso é muito interessante, mas o Bitcoin continua sendo o principal criptoativo, como o ‘pai destas outras moedas’ que estão vindo ainda”, finaliza o especialista.