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Há cinco anos, a Sony lançava o PlayStation 4

Por| 15 de Novembro de 2018 às 17h01

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Há cinco anos, a Sony lançava o PlayStation 4
Há cinco anos, a Sony lançava o PlayStation 4
PlayStation 4

Você se lembra de onde estava ou o que estava fazendo em 15 de novembro de 2013? Essa data marca o lançamento do PlayStation 4 na indústria de jogos. Anunciado meses antes, o console da oitava geração — o quarto da Sony, que desde 1994 tornou-se uma das líderes do setor com o primeiro PlayStation — representou um marco para a fabricante, que não buscava repetir no lançamento do novo console os mesmos erros vistos no PlayStation 3.

Segundo Mark Cerny, o arquiteto que chefiou o desenvolvimento do PlayStation 4, os trabalhos no novo console começaram em 2008. O motivo para isso foi simples: com o PlayStation 3, a Sony enfrentou atrasos e mais atrasos de produção, ao ponto de, quando lançado, o console da sétima geração estar com quase um ano de atraso em relação ao seu principal concorrente, o Xbox 360 da Microsoft, que na ocasião, já estava perto de 10 milhões de unidades vendidas.

Assim sendo, a Sony começou desde cedo a procurar publishers e desenvolvedores, buscando opiniões e inputs sobre como deveria ser a então próxima geração. A Bungie (Destiny, Halo), por exemplo, foi uma das principais responsáveis pelas ideias que levaram à criação do DUALSHOCK 4, o joystick que todos conhecemos hoje, desenvolvendo um controle que fosse ao mesmo tempo confortável e com design aplicável para facilitar as partidas de jogos de tiro em primeira pessoa.

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Essa procura também levou ao desenvolvimento de pérolas de jogos que, até hoje, possuem fãs e são bastante executados nos consoles, desde que o PlayStation 4 chegou ao mercado: Assassins Creed: Black Flag, Injustice: Gods Among Us, Infamous: Second Son e Uncharted: A Thief’s End são apenas alguns dos títulos que chegaram ao PS4 nos primeiros três anos de vida.

Falando ao PlayStation Blog, Hermen Hulst, da Guerilla Games, contou um pouco da sensação de lançar Killzone: Shadowfall: “Naquela época, queríamos mostrar que o PS4 era “O” console. Focado nos gamers, com hardware perfeitamente balanceado para os desenvolvedores… essa combinação vitoriosa levou à criação de títulos incríveis”.

Yoshinori Ono, produtor da série Street Fighter, da Capcom, também deu eco a este sentimento: “[O lançamento do PS4] Me fez lembrar de como é emocionante fazer parte do processo de criação desde o começo e fazer conteúdo incrível para uma máquina poderosa. As pessoas responsáveis pelo design do PS4 nos forneceram todo tipo de ferramenta para aliviar nossa coceira criativa e estavam sempre prontos para ouvir nossos pensamentos sobre como melhorar mais ainda. Foram bem centrados no desenvolvimento na sua abordagem. Não é exagero dizer que esta filosofia é o motor por trás da quantidade imensa de conteúdo de qualidade disponível na plataforma hoje”.

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Entretanto, uma das maiores conquistas da Sony — e que a colocou à frente da Microsoft no mercado de jogos — foi a conquista do mercado chinês: em 2015, o PlayStation 4 chegou ao país mais populoso do mundo, pouco depois do Xbox One. Contudo, ao contrário do concorrente (que enfrentava diversas travas de região), a Sony conseguiu firmar acordos com o governo chinês que dessem aos usuários locais uma liberdade mais globalizada. O PlayStation 4 na China não se loga nem baixa jogos estrangeiros, mas a mídia física de fora do país roda sem problemas, permitindo que sejam importados jogos de outros países.

Muito tempo em tão pouco tempo

É estranho pensar que, ao mesmo tempo, cinco anos representam muita coisa e quase nada. Em se tratando de um produto tecnológico, como o PS4, isso torna-se uma verdade ainda mais evidente: nestes 1825 dias de vida, vimos não apenas a chegada de um novo console ao mercado, mas este mesmo console acabou sendo reformulado e revisado pelo menos duas vezes, com a chegada de uma versão Slim, mais fina e com design mais leve; e o proeminente PS4 Pro, que traz suporte a gráficos em 4K (e nem nos faça começar a falar dos R$ 4 mil cobrados pouco antes da chegada oficial do console por nossas terras tupiniquins: nós ainda não engolimos isso, Sony!)

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Não contente, vimos evoluções de acessórios que já estavam no mercado, como versões melhoradas da câmera PlayStation Eye e o lançamento de um headset de realidade virtual (PSVR). Foi no PlayStation 4 que a Sony também inaugurou funções que, até então, eram apenas especuladas ou imaginadas: usar um portátil PS Vita como controle na falta de um DUALSHOCK 4 extra, por exemplo.

Ao passo que, nos jogos, é fato que o PlayStation 4 começou com o pé esquerdo, bem devagar: o foco em remasters de gerações anteriores expôs problemas que a Sony já vinha enfrentando desde o fim do ciclo do console anterior: a ausência de retrocompatibilidade e a busca incessante por lucro via jogos que nada mais eram do que um upscale de resolução, deram à fabricante japonesa uma imagem de quem não se importava muito com o que os fãs buscavam — era pedido um novo God of War, era lançado um remaster de Final Fantasy X, por exemplo. Nada contra revisitar a nostalgia, mas quando se tem algo novo, é importante mostrar, bem, o que há de novo.

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Não demorou muito para a Sony perceber isso, porém, voltando a valorizar as suas propriedades intelectuais exclusivas, bem como negociando diretamente com as publishers de títulos multiplataforma: mesmo que outros consoles tivessem os jogos, pacotes e conteúdos especiais de boa parte deles só estavam disponíveis via PlayStation 4. Foi o caso com o já citado God of War, que angariou avaliações extremamente positivas na crítica especializada; além de negociar com a Marvel e a Disney a exclusividade do excelente Marvel’s Spider-Man e conteúdos exclusivos de Red Dead Redemption.

O futuro está ali, virando a esquina

O PlayStation 3 teve uma “vida útil” — por assim dizer — de aproximadamente 10 anos. Seu ciclo final de combate o fez dividir o palco com o já lançado PlayStation 4, com publishers desenvolvendo jogos para ambos (vide a KONAMI, que manteve as franquias Pro Evolution Soccer e Metal Gear em ambos até que o PS3 fosse totalmente descontinuado). O mesmo pode ser dito do PlayStation 2 para o 3, quando este era o “novo”. Nada aponta para o contrário com o PlayStation 4.

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Kenichiro Yoshida, CEO da Sony, disse recentemente em conferência com investidores que o PS4 está entrando em seu ciclo final de vida, alertando-os para uma queda nas vendas de jogos e do faturamento geral da divisão de games, que deve começar a acontecer já no atual ano fiscal. Isso pode significar muitas coisas, mas a mais óbvia é a de que a Sony já está se preparando para mostrar, em algum grau, o sucessor de seu console mais bem-sucedido atualmente.

Depois de 82,2 milhões de unidades vendidas, com previsão para 100 milhões em 2019, os rumores sobre um “PlayStation 5” já começam a saltar pela internet: patentes registradas dão conta de retrocompatibilidade direta (rodando via emulação no próprio console) e até mesmo detalhes não confirmados de especificações técnicas já surgiram (muito de fala em processador AMD Ryzen com oito núcleos numa arquitetura de CPU Zen — e é sabido que a Sony está trabalhando na pesquisa de formas de melhorar a compatilidade entre o Ryzen e a arquitetura Zen).

Analistas especializados como Michael Pachter, por exemplo, já dão conta do lançamento de um novo console já em 2020, quando o PlayStation 4 completará sete anos. Faz sentido: o PlayStation 3 tinha essa mesma idade quando o PS4 veio a público pela primeira vez. Mais além, a Sony vem sendo consistente em dar aos seus consoles um período de vida útil de aproximadamente 10 anos: foi assim do PS2 ao PS3 e do Ps3 ao PS4. Não há porque ser diferente agora.

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O fato que fica é: o PlayStation nos deu, em apenas cinco anos, inúmeras memórias — boas e ruins. Quais são as suas? Não deixe de comentar abaixo o que você lembra que mais gosta (e mais odeia) nesses cinco anos de PlayStation 4!

Fonte: Techradar; Venture Beat; Tech in Asia; PlayStation Blog